quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Convocatória virou convite ou ultimato???

Ao ler o Jornal Mealhada Moderna desta semana fui surpreendido por uma convocatória, em forma de edital (aqui reproduzida), a anunciar a realização de uma sessão ordinária da Assembleia Municipal da Mealhada para a data de 30 de Dezembro (quinta-feira). Até aqui tudo bem, apesar da velha e usual procrastinação apegada a quem decide estas coisas.

O mais curioso - e que me deixa confuso - é que a certa altura de tal edital, assinado pelo senhor presidente do órgão, pode ler-se que se a sessão não se concluir na data, será retomada no dia 31 de Dezembro (sexta-feira), a partir das 19h30. Sim, leu bem (veja de novo, recue). A minha confusão deve-se ao facto de não saber se aquilo que o presidente pretende é lançar um ultimato aos senhores deputados para aprovarem tudo o que há para aprovar na primeira sessão. Ou então, está a habilitar-se a ter lá por casa mais de 30 novos convidados a brindar com ele na passagem-de-ano. E atenção porque não são só socialistas, pois naquele órgão, para além dos rivais social-democratas, até o PCP tem representação e com isso vai ter que os "aturar" no Reveillon Municipal.

Senhor presidente, deixo-lhe a sugestão para uma próxima situação destas. Se a intenção é mesmo que a malta aprove e discuta tudo numa só sessão, seja mais afoito e ameace-os com a realização da segunda reunião lá para os lagos do Luso ou do Canedo, com direito ao tradicional Banho de Ano-Novo.

Por outro lado, se é intencional da sua parte passar o fim-de-ano junto dos deputados municipais e do executivo... isso já não me meto. Sem desrespeito por quem governa e fiscaliza o poder local, confesso que sou mais adepto de festejar a data junto da família e, principalmente, dos que são verdadeiros amigos.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Momentos iluminados de Natal na Bairrada

O espírito natalício da Bairrada na transversalidade do território vinhateiro no ano da Graça do Senhor de 2010... apesar de alguns exemplos sem muita graça mesmo. Aqui deixamos o resultados das iluminadas decisões dos autarcas bairradinos.

Momentos de Natal em Anadia...


Em Águeda...


Em Cantanhede...



Em Oliveira do Bairro...


E na Mealhada.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Porque comemos tantos porquinhos na Bairrada???

Esta é a verdadeira razão porque ainda hoje, na Bairrada, comemos leitões em massa. A ideia é preservar o Natal... e porque detestamos mesmo que nos estraguem a festa.

vejam



Boas Festas a todos os leitores bairradinos ( e não só) espalhados pelo mundo e a todos os colegas blogers pelo tempo dedicado ao Mudo Virtual. Feliz Natal.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Promoção. É tudo a um 1 (um) euro!!!

Em tempos de crise não faltam placas a anunciar vendas de artigos malparados em autênticas e revolucionárias promoções. "É tudo a um euro", "Escolha freguês é só um euro", "Feira do Euro", "Mercado do Euro"...

Quando a crise espreita, entre as muitas ofertas ao consumismo, apareceu-nos também no Verão passado uma conhecida cadeia de "fast-food" que apelou ao que chamou de europoupança afirmando mesmo que "nunca um euro valeu tanto", usando a imagem de Simão Sabrosa para passar a mensagem.

Mas a Mealhada faz cair por terra todas essas maravilhas promocionais, pois é ali naquele município que podemos confirmar, literalmente, que um euro nunca valeu tanto. Há uns meses atrás, o Bairradices dava a conhecer aqui o resultado de um desaguisado político que terminou com uma das partes a indemnizar a outra em 1 (um) euro.

Mas a coisa não ficou por ali, pegou moda, e agora fala-se que um vereador da Câmara terá exigido a mesma indemnização (um euro) a um ex-colega de vereação mas de outro partido. Falamos do mediático "Caso Calhoa", que parece estar decidido e vai acabar com esta troca de um euro do ofensor para o ofendido.

Mas voltando a essa incrível moeda de euro, que muitos eurocépticos e outros vão pondo em causa, parece que tem um valor diferente na Mealhada porque se é normal podermos comprar duas tartes de maçã, dois cafés ou um hambúrguer com uma moeda de um euro, pouco usual será comprar, pelo mesmo valor, o voto de dois vereadores na aprovação de um orçamento. O álibi foi o futuro (?) canil da Mealhada, obra que o presidente Carlos Cabral dotou de 1 (um) euro para 2011 para gáudio dos dois vereadores da oposição que defendem há muito (?) aquela obra "emblemática".

Por outro lado, verificamos que o presidente da Câmara, que publicamente disse e reforçou que não tem tempo para perder com cães, pelo menos já mostrou alguma abertura e deu uma esmola para a causa do PSD, que não fez por menos ao retribuir com o voto ao lado da maioria.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Toma lá Pinheiro

Não julguem que com o título desta postagem estou a meter-me com algum vereador de Cantanhede (José António Pinheiro) ou da Mealhada (Filomena Pinheiro) ou muito menos com o presidente da Associação Comercial e Industrial da Mealhada (Carlos Pinheiro), todos eles pertencentes ao grande pinhal da política e do poder local.

Toma lá Pinheiro foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando vi na imprensa a iniciativa da INOVA – Empresa de Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede, que mais uma vez está a distribuir gratuitamente pinheiros de Natal, na Praça Marquês de Marialva, onde os interessados podem adquirir, sem qualquer custo, uma árvore de Natal para decorar a sua habitação durante a quadra.

A INOVA, na tentativa de evitar que a malta dê cabo dos pinheiros nas nossas áreas florestais, decidiu-se pelo desbaste técnico controlado, distribuindo as árvores, prometendo, no final da quadra natalícia, ter um dispositivo na Praça Marquês de Marialva para recolha das árvores utilizadas.

Para que conste, aqui fica mais um trabalhinho da INOVA. Um serviço limpo, sem atentados à natureza e aos pinheiros... os de Natal.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

“João do Bacalhau” promete Leitão à Bairrada no Natal e Fim de Ano

Num furo jornalístico sem precedentes no jornal brasileiro O Povo, o jornalista Graciano Coutinho antecipa aos seus leitores numa reportagem aqui que o “Cheff” João Carlos de Oliveira, promete reeditar o sucesso gastronómico do “João do Bacalhau” no ano passado quando contemplou os seus clientes com uma ementa especial, em que se destacou o Leitão à moda da Bairrada. "Mas João promete ir mais longe, conservando o mesmo preço do ano anterior (R$ 190,00) pelo leitão inteiro assado e composto", relata o intrépido comunicador .

O João do Bacalhau também oferece nesta quadra o Cordeiro e Cabrito assado à Padeiro (tradição portuguesa), perú e outras iguarias. Ora nem mais. É bom saber que do outro lado do Atlântico morre-se de amores por um bom (?) leitão à Bairrada. Pelo mesmo motivo já apanhámos o jornal O Estadão a falar do assunto, aqui, assim como o grande Wall Street Journal que dedicou duas páginas ao amarelo bairradino, aqui.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Bairradices chega à zona serrana de Águeda

Depois de boicotes a eleições e de outras desconhecidas formas de luta, parte da população do concelho de Águeda (especialmente da zona serrana) acaba de ver satisfeita uma velha reivindicação, conseguindo agora estar a par daquilo que o Bairradices relata diariamente sobre este imenso território, tendo assim acesso Internet de última geração, que - sorte deles - permite aceder a outros sites e blogues para além deste.

Se em outros tempos parte daquela parcela serrana de Águeda foi a última a ver energia eléctrica instalada em suas casas, o certo é que hoje fazem parte de um projecto pioneiro, já que aquele concelho é o primeiro no país com uma rede WiMAX instalada. O projecto esteve em desenvolvimento durante os últimos três anos e surgiu como resposta às dificuldades sentidas pelo município no acesso à Internet em determinadas zonas.

Diz-se sobre o assunto que esta tecnologia de vanguarda, que permite velocidades de transmissão de voz e de dados três vezes superior à das redes de terceira geração, vem principalmente resolver os constrangimentos sentidos na zona serrana do município.

Ora aqui está um bom exemplo de que é possível dar mais ao interior e corrigir assimetrias mas cuidado e atenção ao equilíbrio nestas coisas para evitar a desertificação do litoral, porque com WiMAX, ar puro, água pura, tranquilidade e, consequentemente melhor qualidade de vida na serra... que se lixe a orla marítima.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Prostituição sem placa

Coincidência, ou não, aquela placa que indicava actividades económicas paralelas entre a Mealhada e o Luso, que recentemente denunciei aqui, acabou por desaparecer subitamente do alto do pinheiro onde garbosamente se expunha .

Ou um leitor do Bairradices mais atento ou algum supervisor de sinalização mais distraído, o certo é que a placa voou e agora ficamos sem saber a quantos metros de distância estão as ninfas da Cova da Areia, obrigando-nos a contar os passos para saber com exactidão onde estão as beldades da vida fácil.

Confesso que foi preciso tirarem de lá aquela placa para reparar que no lado oposto do pinheiro tinha uma outra placa - "Bem Vindos à Vila da Mealhada" - e aí então percebi que afinal de contas o que se passa é que tais placas estão obsoletas e a primeira - esta aqui - foi retirada para ser actualizada e dar lugar a esta... esta aqui!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Novas especialidades gastronómicas do mundo floral da Mealhada

Num destes dias, de passagem por uma das extremidades da nossa região vinhateira - e de regresso ao carro depois do problema resolvido num dos nossos serviços públicos - encontrei um atractivo folheto pendurado nas escovas limpa-vidros do carro que anunciava a abertura de um restaurante na Mealhada, a caminho de Coimbra, curiosamente com o nome de uma espécie floral e exactamente onde parece que funcionava uma residencial e coiso e tal.

O folheto é explícito, bem decorado e fala de especialidades da cozinha clássica, indiana, italiana e portuguesa. Clássica? Será que agora os pratos a servir são mais virados para "maduras"? Que fizeram à "cozinha" brasileira, africana e de leste?

Sinceramente e por aquilo que vamos sabendo do espaço, italiano e clássico deve ser novidade na região, pois desde a Cicciolina nunca mais vi nada com aqueles dois atributos. Agora indiana e portuguesa acredito. A primeira porque pode ser feita à revelia de um bom livro de culinária mas obedecendo ao modo de confeccionar do kamasutra. Já a segunda, bem à portuguesa inclui sempre os famosos três pratos (refiro-me à sopa, prato de peixe e prato de carne, seus depravados).

E pronto, só quis deixar deixar aqui esta novidade. Não vá qualquer dia ver este restaurante no lote daqueles que fazem parte das 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada - até porque este tem muitas mais - e dizer que não foi avisado. "Venha degustar os nossos pratos", convida este folheto, provocando-nos um arrepio na barriguita... uiiii.

Já agora - para que vejam a diferença, também no mesmo concelho - acho esta publicidade mais eficaz. Vejam aqui.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Berardo puxa as orelhas a Paulo Portas em Sangalhos

O comendador Zé Manel Berardo, já habitué nas suas incursões pela Bairrada, onde tem negócios vinícolas, um museu abaixo do solo e até é confrade dos Enófilos locais, puxou recentemente as orelhas a Paulo Portas por causa dos famosos submarinos comprados aos alemães, considerando o negócio descabido perante a actual conjuntura económica.

Joe Berardo distribui puxões também nas cartilagens auditivas de Cavaco Silva e de António Guterres, o actual presidente por "a dada altura pagava para arrancar videiras, pagava para não semear milho", enfim, "pagava para as pessoas não produzirem". E depois, diz o comendador "veio Guterres, que dava dinheiro para as pessoas ficarem em casa". Há "algo de errado em Portugal". Leia aqui a notícia completa no Sol.

Num chorrilho de críticas, nesta sua passagem pelo seu bunker das Caves Aliança, que pomposamente tem o nome de Undergound Museum, Berardo apontou baterias, estranhamente, às decisões de portas em reforçar o controlo das também profundezas do país. Das duas uma, ou o nosso Tio Sam Berardo tem medo que algum submarino do Estado venha pelo Cértima acima e faça algum tipo de espionagem no seu bunker sangalhense... ou então quem sabe que com esta depreciação verbal que faz dos veículos de Paulo Portas sirva para que dentro de pouco tempo possa adquirir os ditos, entretanto desvalorizados, para o seu espólio, já que há entendidos que afirmam que tais submarinos afinal não são topo de gama... e velharias é com o Joe.

A propósito de Paulo Portas e submarinos, não resisto a contar um episódio (que parece não ter sido boato) e que aconteceu na última edição da Festa da Vinha e do Vinho de Anadia, onde o líder do CDS-PP quando menos esperava, numa ronda de apertos de mão, terá tido um encontro curioso com um anadiense, que lhe perguntou: «Então senhor doutor, os submarinos estão bons, sempre vêm ou não?». Conta quem estava próximo que o político e ex-jornalista não gostou da afronta, mas quem se mete numa feira etílica está sujeito a estas coisas. E há tipos que com um grão na asa dizem cada disparate, que até parece verdade.

Últimas informações dão conta, no entanto que Portas já respondeu a Berardo e ao tal anadiense da Feira da Vinha e do Vinho. Eis a prova:

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Biocagas é eficaz na prisão de ventre

O Bairradices apresenta a solução bairradina para os problemas de obstipação, constipação e prisão... de ventre.

A receita, apresentada em "publinfelicidades", é da responsabilidade da aguedense Com.Cenas Associação Cultural. Vejai... e bom feriado.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Câmara de Anadia oferece jogo do lixo

A Câmara de Anadia, uma das poucas e resistentes autarquias que ainda gere, pelos seus próprios meios, a recolha de lixo, acaba de oferecer um "passatempo", um "quebra-tolas", para desenvolver o QI dos seus munícipes em época de Natal, ou quiçá uma prenda antecipada no sapatinho, pena que de lixo se trate.

A ideia é simples e envolve uns quantos contentores do lixo. O desafio ao utilizador consiste em que este consiga despejar o seu lixo nos recipientes e tente fechar o dito, sem que utilize as mãos para empurrar os contentores. Difícil não é? Pois mas este foi o desafio que colocaram esta semana à malta do Pereiro, que perante tal "bacanal" de contentores em fila limitou-se a despejar a carga pronta e metida nos contentores, mas devido ao cheiro pestilento... Adeus ó meus amores que me vou... O blogue vizinho Aldeias com Vida registou o momento.
Em matéria de lixo no concelho de Anadia este não é o único desafio, pois quem cruzar a Estrada Nacional nº 1 na área daquele concelho vê que os funcionários da recolha (ou quem os supervisiona) escolhe uma hora perfeitamente adaptada à recolha, assim tipo 8h45, 8h40, 8h50, parando, em numerosos locais, em plena via e causando assim uma fila (como a dos contentores do Pereiro) mas com carros e condutores, quase a saltar-lhes a tampa.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Hoje na Bairrada também é dia de descans... de greve geral

Para dar algum descanso ao intelecto, obrigando os neurónios a uma merecida greve resolvi citar a Wikipédia, que nos dá uma definição interessante para o termo "greve". Aqui vai:

"A palavra origina-se do francês "grève", com o mesmo sentido, proveniente da Place de Grève, em Paris, na margem do Sena, outrora lugar de embarque e desembarque de navios e depois, local das reuniões de desempregados e operários insatisfeitos com as condições de trabalho. O termo grève significa, originalmente, "terreno plano composto de cascalho ou areia à margem do mar ou do rio", onde se acumulavam inúmeros gravetos. Daí o nome da praça e o surgimento etimológico do vocábulo, usado pela primeira vez no final do século XVIII".

Moral da História: Como não tenho "graveto" acumulado na conta bancária, o melhor foi trabalhar mesmo hoje, embora apreciasse muito mais pôr esta minha barriguinha ao sol no tal "terreno plano composto de areia à margem do mar", no Caribe, por exemplo.

domingo, 21 de novembro de 2010

Prostituição promovida por perceptível placa

Pela foto que aqui deixamos é patente a forma como se promove uma das não reconhecidas maravilhas da Mealhada. A respectiva placa, que se encontra num dos pinheiros na ligação entre a Mealhada e o Luso, mostra o rigor quilométrico da presença das ditas, advertindo os condutores para a presença de coisas estranhas nas bermas da estrada ou nas entranhas do pinhal.

Depois do Bairradices ter deixado aqui eco de protesto sobre uma notícia do Correio da Manhã (esta aqui), relativamente ao facto da Mealhada ser um dos pontos negros da matéria, sugerimos depois (aqui) para que se colocassem placas de aviso da existência de tal negócio e de protecção para quem o exerce e, finalmente, (aqui) alertámos para o uso de coletes fluorescentes, mas sinceramente desconhecíamos a existência desta perceptível, patente, percebível e palpável placa... sem dúvidas, a 300 metros. Assim fica toda a gente avisada.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Câmara de Águeda empresta dinheiro a funcionários à taxa zero

Foi bom enquanto durou, mas como não há fartura que não dê em fome (adágio popular invertido pela necessidade), eis que os 204 funcionários da Câmara de Águeda vão ter que devolver, já a partir deste mês, os aumentos salariais que receberam desde o final de 2009, ao que aparece indevidamente.

No total, a Câmara pagou 300 mil euros de forma indevida, decorrente da actualização salarial de há um ano, que abrangeu metade do quadro de pessoal da Câmara de Águeda.

Uma catadupa de erros administrativos, que melhorou os salários do pessoal, veio a ser analisada melhor e o executivo de Gil Nadais foi obrigado a pedir a devolução dos referidos aumentos.

Os funcionários que receberam este "empréstimo" podem pagar o que receberam indevidamente em prestações mensais e sem juros. Muito bom negócio, sem spread's, sem Euribor's e sem mácula... cá para mim a história vai ter mais episódios.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Funcionários da Câmara ansiosos para soprar o balão

Já não há quem segure os funcionários da Câmara de Oliveira do Bairro que, ansiosa e desesperadamente, aguardam há um ano para começar a soprar no balão antes de ir para o trabalho, conta esta semana o Jornal de Notícias, veja.

O curioso é que esta medida, aprovada em reunião de Câmara, deixa de fora os vereadores, que ficam assim com imunidade ao sopro, até porque o regulamento do balão pressupõe, caso a malta o faça subir, medidas disciplinares que não poderão ser aplicadas aos vereadores, refere o jornal, citando o presidente da Câmara.

Pensando um pouco melhor, a prática do sopro em causa devia ser alargada aos vereadores, nem que fosse meramente para efeitos estatísticos ou para que se percebesse o sentido de algumas aprovações ou decisões e tomadas de posição em sede do executivo.

Agora, quanto a esta nova decisão de analisar o bafo a Baco dos trabalhadores, não sabemos é como o senhor presidente a vai impor, pois a Comissão de Protecção de Dados considerou que os testes violam a vida privada dos trabalhadores, assim um tipo de manter anónimos os trabalhadores com um grão na asa.

Segundo conta o JN, o assunto alcoólico foi carregado de cicuta pelo vereador da oposição Jorge Mendonça (CDS/PP), que quis saber se já foram efectuados alguns testes e se já há prevaricadores. Cá para mim, o vereador queria resultados para registar mais um veemente protesto contra a "privatização" da água do município e a propalada subida de preços desde então, para sustentar que os funcionários optam por ingerir cerveja ou uns tintos por ficar mais em conta que a "água del cano" agora através da LADRA (Ligação às Águas Da Região de Aveiro), como o próprio chamou aqui há uns tempos.

Voltando ao regulamento interno da Câmara sobre o assunto, este diz - e ainda não sabíamos - que o consumo excessivo do álcool pode produzir efeitos negativos ao nível do absentismo, produtividade no trabalho, na relação com os utentes dos serviços e com os colegas de trabalho.

O engraçado é que a autarquia, ainda à espera de umas autorizações para pôr a malta a soprar, vai já avançando que os trabalhadores vão ser seleccionados de forma aleatória, num sorteio mensal do qual sairão três para o teste. Deve ser assim tipo as estrelas do Euromilhões e outro número ao acaso.

Segundo o JN até já há quadro penal para os prevaricadores. Quem for apanhado com uma taxa de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue (0,5 g/l) fica sujeito à pena de suspensão de funções. Quem recusar o teste viola o dever de obediência e fica sujeito ao regulamento disciplinar.

Para castigar verdadeiramente a malta dependente dos sulfitos, sugiro ao senhor presidente que equacione mandá-los para as obras da propalada Alameda da Cidade, pois só o facto de saberem que não se safam dali tão depressa pode provocar um positivo efeito dissuasor em relação à problemática.


domingo, 14 de novembro de 2010

Banho de Espuma em Amoreira da Gândara

A população de Amoreira da Gândara (Anadia), na manhã do passado dia 1 de Novembro, foi surpreendida por um descomunal banho de espuma, com a fonte de uma rotunda do centro da freguesia a transbordar detergente por tudo o que era canto.

Ao que parece, terá sido uma brincadeira da noite de Halloween, mas há também quem desconfie que tal local terá servido de estação de serviços para lavagem de vassouras e como a procura foi tanta, no dia 31, os excessos de detergente acabaram por brotar da fonte.

O Bairradices sabe que está a formar-se um movimento de cidadãos para encontrar os bruxos e as bruxas responsáveis pelo sucedido. Todos aqueles que tiverem em casa uma embalagem de detergente, já aberta, são suspeitos do disparate.

Cá para mim, tal despautério foi mesmo uma bruxaria a dois em noite de Halloween, com um cheiro a Brasil, como já cantou a prima do Bruce Lee... a Rita

"Que tal nós dois
numa banheira de espuma
El cuerpo caliente
Um dolce farniente
Sem culpa nenhuma...

Fazendo massagem
Relaxando a tensão
Em plena vagabundagem
Com toda disposição
Falando muita bobagem
Esfregando com água e sabão..."

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Publinfelicidades "made in" Águeda

O Bairradices apresenta mais uma das pérolas humorísticas produzidas na Bairrada. Depois do Homem do Buçaco e das aventuras e desventuras do Bruno Aleixo, a produção audiovisual chega-nos agora da ponta norte do nosso território vinhateiro, mais propriamente do Pátio Azeitonas, Além da Ponte, em Águeda.

Apresentamos aqui um dos vídeos de "publinfelicidades" utilizado na primeira edição do SÃO CENAS talk-show, com produção da Com.Cenas Associação Cultural. Vejai:

Bota no play




Ficha técnica

GUIÃO
Luciano Gomes

ACTORES
Luciano Gomes
Paulo Brites
Diogo Dias

EDIÇÃO E MONTAGEM
Paulo Brites

BANDA DE CÁ (Genérico)
Joca Ben
Diogo Marques
Miguel Fernandes
Emanuel Mendes

TRATAMENTO ÁUDIO
Hugo Grave

MOTION DESiGN
Bruno Vide

O Zé Manel vai ser confrade dos Enófilos da Bairrada

José Manuel Rodrigues Berardo (Joe Berardo), coleccionador, investidor e filantropo, vai reforçar a sua presença em solo bairradino estando entre os 16 novos elementos que a Confraria dos Enófilos da Bairrada vai entronizar no seu XXXII Grande Capítulo anual, no próximo dia 27 de Novembro, no Palace do Buçaco.

Depois de criar o hábito de levar os amantes da arte ao submundo de Sangalhos - no seu Underground Museum das Caves Aliança - e de ter apadrinhado uma exposição de miudas giras completamente nuas à volta de lustrosas pipas de vinho e outros cenários vínicos da Bairrada - no Museu do Vinho de Anadia - o coleccionador, que chegou a comprar um peça de design impedida de participar numa exposição por incluir um vibrador, em 2009, foi agora proposto para integrar aquela importante confraria bairradina.

Dado também aos negócios de vinhos portugueses, desde o moscatel ao porto, passando pelos tintos e brancos, o Zé Manel Berardo foi proposto para Confrade Honorário, tendo em conta os “investimentos realizados recentemente na Bairrada, também na área da cultura e associando-a ao vinho”, justifica a Confraria.

Neste sentido, a Confraria não tem dúvidas que, com estas iniciativas do Comendador, “não só o sector do vinho foi significativamente valorizado e tem vindo a ser promovido, como a própria região da Bairrada ganhou uma nova centralidade e tem vindo a ser mais procurada a apreciada”.

Zé Manel Berardo entra no "clube" vínico da Bairrada juntando-se a muitos outros ilustres, como Vieira da Silva, Pais do Amaral ou Agustina Bessa Luis.

Entretanto, vamos torcer para que no próximo dia 27 Joe Berardo não cometa excessos na ingestão do néctar bairradino senão ainda sai do Buçaco com vontade, outra vez, de comprar o Benfica.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Festa do Leitão Biológico de Bolfiar

Abro o Bairradices, com as portas devidamente escancaradas, ao comediante e amigo das tradições Manuel Farias, que nos fez chegar uma belíssimo e raro escrito das profundezas das serranias de Águeda. O assunto é nobre e por tal nem sequer me meto. Aqui vai amigo Farias... e mande sempre.

"Quando o “Morcego” de Aguada de Cima tinha encomendas especiais, lá no largo das Almas Santas da Areosa, esperava pelos 17. Havia sempre carrões serranos que traziam ninhadas de leitões malhados de branco e cinza, esguios e travessos, soltando grunhidos da fome, depois de uma viagem de 2 ou 3 horas. Tinham deixado a teta da mãe ainda de madrugada e vinham para a feira, exaustos com os balanços, tormentosos sempre que os rodados de miul se atolavam nos regueiros do caminho do Seixo ou, logo de seguida, saltavam contra a touceira de moiteira. Vinham da serra e o “Morcego” esperava-os com a mesma inquietude com que os comerciantes quinhentistas se apinhavam na Ribeira das Naus, esperando a chegada das caravelas e a sua carga preciosa de pimenta, cravinho e canela.

Foram os leitões serranos, autóctones da raça bísara que fizeram a fama do leitão assado pelo “Morcego” e, a partir daí, do leitão assado pela extensão da Bairrada. Há muitas décadas de anos atrás, os leitões tinham propriedade do nome: filhos do leite… de porca, naturalmente, com certificado biológico de raça e de crescimento. As ninhadas que hoje sobem à mesa talvez se devam chamar “farinhões”, atendendo à substância da sua criação.


Há alguns meses atrás, um projecto de criação nativa em Bolfiar, propôs-se fazer a experiência de repetir a criação tradicional do leitão serrano de raça bísara, deixando as porcas em campo aberto, com ninhadas dependentes da sua força criadora, tal como a natureza quer e deixa: os leitões apenas receberam alimento das mães paridas, sem regime nem horas de pocilga humanizada. Para além do leite materno, ficam por lá verduras que a natureza dita, tal como cabaças e melancias, de nascimento quase espontâneo e que entusiasmam qualquer bácoro de boa saúde.


Neste ambiente de rudeza e naturalidade, as doenças não sobrevivem. Os bacorinhos bísaros e quase selvagens regressam às tetas túgidas entre duas corridas, sugando a vida que se vai acabar, honrosamente, na celebração gastronómica. No dia 14 de Novembro, a hora de almoço é o tempo certo para o santo sacrifício, na velha escola primária de Bolfiar, onde tem sede a Associação dos Compartes dos Baldios. Vamos ao tira-teimas, porque há quem diga que o leitão é todo igual e que o tempero é que faz a diferença. O saber tradicional desta gente que está nas portas da serra diz que não: a diferença está no animal, o aroma apenas serve para o celebrizar e, em alguns casos, até para lhe encobrir os defeitos".


Para esta celebração do dia 14 de Novembro, as inscrições estão abertas e podem ser feitas pelos telefones 234623771, 234622296, 938502169 ou 234724083, até ao dia 12, sabendo que os lugares disponíveis são limitados.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Núcleo Monárquico da Bairrada pode renascer das trevas

Os simpatizantes da Causa Monárquica da Bairrada vão levar a efeito uma reunião no próximo sábado, dia 6 de Novembro, a partir das 15h00, em local ainda a definir, quem sabe pela falta de espaços em Anadia para acolher tantos entusiastas.

Os responsáveis falam em dois grandes objectivos para este encontro: decidir sobre as instalações da futura sede, na cidade de Anadia, e reactivar o próprio Núcleo Monárquico da Bairrada (NMB), que vem de um período de letargia.

Os nobres bairradinos, que aproveitaram as celebrações do centenário da Implantação da República para limpar armas, para não afrontar os defensores dos ideais republicanos, jogam agora todo o seu arsenal por estas paragens e prometem fazer tudo o que lhes passar pela Real Gana para se assumirem “pela positiva, através da crítica construtiva a ideais adversos, mas essencialmente realçando as virtudes do sistema político que propõe para o nosso país”.

Já em Abril passado, o Bairradices dava conta aqui de Reais movimentações por Anadia com a realização do jantar mensal da Real Associação da Beira Litoral e avançava que esta escolha e predilecção por território anadiense não é tão inocente, na medida em que pode estar em causa a oportunidade de piscar o olho a "El-Rei D. Litério Marques," que farto das mesquinhices crescentes com a concelhia do PSD e pelo facto de não poder recandidatar-se mais ao cargo de presidente de Câmara, possa enveredar pela linha monárquica, almejando continuar a ser "rei" no concelho, ou, no mínimo, Visconde de Azenha.

Porque o Bairradices quer voltar aqui a falar neste assunto, vamos lá dar um apoio à malta de sangue azul da Bairrada. Os interessados em participar neste encontro podem contactar o telemóvel nº 919 238 210 ou para o endereço electrónico rui.godinho@sapo.pt. Ah, Digam que vão da minha parte!!!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Sr. Carbral participou num Conívio

O agora e ainda presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral, que em 1994 era vereador e tinha o nome de CARBRAL, participou numa coisa esquisita como o nome de 2º CONÍVIO Canedense nos EUA, pelo menos é assim que reza uma placa que imortaliza o acto a 12 de Novembro de 1994.

Das minhas pesquisas não encontrei qualquer relação entre Carbral e Conívio, mas este nome faz-nos mesmo pensar que se trata de um convívio de coníferas* ou de amantes da espécie. Quem sabe se o então senhor vereador já não andava a pensar nos Viveiros Florestais da terra e a participar em Conívios para conhecer a espécie e repovoar o Parque da Cidade.

*Não confundir com o órgão sexual de uma fera (calão), pois as coníferas são, como todos sabemos, plantas gimnospérmicas da divisão Coniferophyta (ou Pinophyta), na sua maior parte árvores mas também arbustos escandentes, presentes nas regiões tropicais e temperadas do planeta, onde são a principal componente da flora alpina. São os vegetais capazes de viver mais tempo. E quem disse que nada se aprendia com o Bairradices? Ah pois é.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Se a moda pega o sexo de beira de estrada passa a ser fluorescente

Depois do Bairradices ter alertado que as autarquias da Bairrada estariam a pensar colocar placas de trânsito a sinalizar zonas de prostituição, como se faz em Treviso (Itália) e que aqui neste post demos conta, agora aparece-nos mais uma medida de prevenção de acidentes de trabalho, vinda da vizinha Espanha.

A ideia consiste em pôr as senhoras meretrizes - que estão junto às estradas - todas de colete amarelo fluorescente. E o melhor é não brincar com a coisa, pois as referidas senhoras se forem apanhadas sem tal equipamento pagam 40 euros de multa. Isto passa-se apenas em Els Alamus, na Catalunha, mas o Bairradices, em conversação com um blog congénere daquela região, apurou que responsáveis políticos internacionais (bairradinos incluídos) estão a fazer chegar mensagens de regozijo pela medida tomada localmente, fazendo antever que vai ser próspera a proliferação e fabrico deste material.

Com podemos ler na imprensa, a medida pode ser vista como uma preocupação com a segurança das prostitutas locais - e a polícia garante que é disso que se trata. Mas a verdade é que nos últimos meses o presidente da câmara local tem emitido legislação no sentido de banir a prostituição das áreas urbanas.

No entanto, posso garantir ao senhor presidente da Câmara que não é assim que vai banir as meninas da estrada. Às tantas o senhor até criou um negócio paralelo (não estou a falar do fabrico de coletes, esse já existe) pois quem sabe se as rainhas da estrada não começam a usar o colete para colocar a "ementa" dos seus serviços ou slogans do género: "Perca uns euros, pergunte-me como".

Tentando visualizar esta legislação aplicada à nossa Bairrada até que o efeito não seria nada mau. Imaginem o lusco-fusco na ligação da Mealhada ao Luso ou noutros lugares de prostituição fértil bairradina. Meus amigos, com tanto colete reflector e tanta luz havia gente convencida mesmo que estava em Las Vegas.

Deixem lá vir os coletes deixem e depois não se admirem de ver publicidade da região nas costas delas, do tipo "Eu sou uma das Maravilhas da Mealhada" ou "Levo-te às profundezas como no Underground Museum", ou simplesmente "Vem cá ao Velódromo e faz-te à pista".

Enfim, nunca podemos agradar a todos. Se uns há que querem esconder o problema, outros parece que querem vê-lo de forma fluorescente. A mim só me preocupa se um dia destes estiver descansadinho a mudar um pneu do carro, de coletezinho como manda a lei, e for abordado para vender sexo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O triunfo dos porcos no folclore português

Do folclore português, das melhores colecções de rimas, provérbios e afins, encontramos muito da cultura bairradina... e no que toca a porcos exemplos não faltam.

Nos inúmeros provérbios encontrados há um que me fascina: "Mulher que assobia, ou capa porcos ou atraiçoa o marido". Muitos de nós estão a pensar que ainda bem que lá em casa a mulher não tem por hábito assobiar senão lá teríamos que investigar onde é que andaria a capar bácoros.

Para ilustrar a magnífica foto deste post encontei outra pérola: "No dia de Santo André, vai à esquina e traz o porco pelo pé". Eu mudava de santo e sugeria: "No dia de Santa Esmeralda vai à equina e traz o porco na motorizada".

Já agora amigos, "Em Janeiro, um porco ao sol outro ao fumeiro" e "Porco que nasce em Abril, vai ao chambaril". Cá para mim fico-me mesmo com "O porco de Outubro leva sempre a malta ao rubro" (este último foi acabado de inventar, é contemporâneo).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Afixação proibida

Apesar de alguma (relativa) evolução em termos do respeito pela propriedade dos outros e pelo bem comum - que nos últimos anos tiraram da nossa vista aglomerados de cartazes de bailes, festas e circos, que desde a era da farinha à cola mais sofisticada de aplicação com rodo se amontoavam em tudo o que era espaço público e não só - o certo é que a teimosia de muitos artistas do escadote faz de algumas zonas das nossas vilas e cidades um autêntico lixo mural.

Maus exemplos não faltam pela nossa Bairrada. E quando falo em mau é muito mau mesmo. De passagem por um dos concelhos deste magnífico território, em Oliveira do Bairro, reparei numas boas obras de arte de lixo mural, destacando-se neste autêntico aterro sanitário da propaganda a céu aberto a figura mediática da "coisa" ou do "coiso" Castelo Branco, o que me fez aproximar para saber até que ponto era aquilo a propaganda de um circo, de passagem pela região, pois dei comigo a regressar à minha meninice ao recordar que as atracções dos grande circos passavam por fenómenos da natureza, tipo uma vaca com cinco patas, cães futebolistas ou mesmo homens de duas cabeças e outros sem nenhuma, como parece ser o caso.

Realmente ao ver aquela aberração pensei estar perante um novo fenómeno nunca antes relatado na bíblia do grotesco “Freaks, aberrações humanas", um livro que reune o acervo fotográfico de Akimitsu Naruyama e que demosntra a exploração de fenômenos físicos humanos em circos e espetáculos itinerantes.

Afinal - e depois de uma olhada mais atenta para o cartaz - o "freak" esteve em Oliveira do Bairro para apadrinhar um espectáculo de misses e misters, pois claro, numa noite em que deveria parecer o pêndulo tresloucado de um velho relógio, sem saber para que lado parar quando faltasse a corda. Realmente nada melhor que ser o apresentador de algo que não lhe diz mesmo nada porque de homem e mulher tem pouco... é mesmo uma coisa ou um coiso.

A proliferação deste lixo nas paredes e edifícios já por si é mesmo algo "démodé" mas poluição mural e moral com a cara desta coisa eu digo "jamais Salomé". É mesmo "merde" a mais para uma simples parede. Noblesse oblige meu caro coiso... ou coisa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O primor português no baptismo do território

Aqui há uns anos ri-me escancaradamente com uma das excelentes crónicas de Miguel Esteves Cardoso a propósito dos nomes dados a aldeias e lugares deste país. Foi nessa altura que fiquei a saber que o concelho de Oliveira do Bairro, precisamente a Freguesia da Palhaça tem um lugar como o nome de Fonte do Bebe e Vai-te (em americano, Fountain of drink and go away).

Mas as surpresas não ficam por aqui e nomes ricos deste tipo proliferam por todo o nosso território, mas confesso que o melhor destes baptismos está lá para os lados do Luso, no concelho da Mealhada, onde parece haver algo com o nome de "Escalda-lhe o Papo", mas desenganem-se os que pensam que este lugar fica próximo da Cova da Areia... pois era fácil demais acertar.

Esta pérola do nosso território existe mesmo e aparece numa Justificação notarial publicada recentemente pelo Jornal Mealhada Moderna, como podem ver na foto.

De facto, ao longo de muitos e muitos anos fomos sabendo que na génese do baptismo dos lugares onde vivemos há muitas histórias que permitiram a atribuição de muitos e muitos nomes às terras deste Portugal. Se por um lado há dados concretos e fiéis que dão conta desta origem, por outro há lendas hilariantes e paródias ligadas ao assunto.

Mas confesso que não consigo imaginar o que esteve na origem do nome "Escalda-lhe o Papo". Quer dizer, para quem tem imaginação fértil facilmente consegue encontrar um motivo para chamar algo do género a um lugar deste Portugal profundo.

Entre as rábulas que se contam sobre a origem de alguns nomes curiosos, deixo aqui a que dá conta do nascimento de um conhecido lugar do concelho de Anadia, no cruzamento perfeito do tão mediático milagre das rosas da Rainha Santa Isabel com a vida adúltera da esposa de uma figura nobre de Anadia. Aqui vai:

De fato domingueiro pavoneava-se pelas ruas da freguesia um conhecido nobre de Anadia (que não divulgamos para preservar a autenticidade) quando ao passar junto de uma tasca foi abordado por um homem curioso, que de copo de vinho na mão e olho pisco encarou aquela figura de alto a baixo e perguntou-lhe: - Que levais na testa senhor? O nobre, embora desiludido, respondeu prontamente: São galhos amigo, são galhos.

E pronto, depreende-se facilmente que a evolução etimológica descambou naquele curioso nome de Sangalhos sem que hoje ninguém se preocupe mais com os apêndices superiores do histórico elemento da nobreza que estiveram na origem do nome da terra.

Num país em que o BI (ou cartão de cidadão) tem naturalidades tão hilariantes como Fonte da Rata (Espinho), Herdade da Chouriça (Estremoz) ou Alçaperna (Lousã), acredito que "Escalda-lhe o Papo" afinal até é inofensivo.

Aceitam-se contribuições para a colecção de nomes curiosos da Bairrada para o Bairradices.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Justiça cega e molhada em Oliveira do Bairro

É certo - e sabido - que a justiça volta e meia mete água, mas em Oliveira do Bairro a coisa é por demais literal, com o Tribunal local a meter água por tudo quanto é canto, ao ponto de terem paralisado todos os serviços.

Estamos a falar de autênticas inundações resultantes das obras que estão a ser feitas no edifício , porque alguém se lembrou de "destelhar" a casa sem contar com as chuvas. E o resultado está a vista.

O juiz-presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão, disse aos jornais que na remodelação, que teve início no final de Agosto, a estrutura foi parcialmente destelhada, sem que tenha sido acautelada a sua rápida cobertura ou protecção.

No mês de Setembro, tiveram lugar as primeiras infiltrações, que se repetiram com as chuvas do último fim-de-semana. Desde a passada segunda-feira que o Tribunal está sem condições para funcionamento.

Na falta de melhores soluções para o caso, o Bairradices aconselha os magistrados a utilizar o princípio jurídico "in dubio pro rio", fazendo escoar os excessos para o Rio Cértima, e pensar em juntar ao Código Penal e Código Civil o Borda D´água e a Tabela de Marés, na esperança de poder marcar um ou outro acto jurídico quando as condições meteorológicas forem propícias a tal.

Agora cá para nós, imaginem o quanto era giro ver causídicos e magistrados de belíssimas e resistentes galochas, claro está, daquelas pretas para fazer "pendant" com togas e becas, como "manda a lei".

E como muitas vezes contra a força não há resistência, a natureza também sofre destas coisas de lei, e quando toca a inundar lá vai dizendo que a sua lex é dura, mas é lex.

No entanto, isto não é nada que não se consiga travar. Aproveitem a sugestão da amiga Rihanna... Vejam:

Now that it's raining more than ever
Know that we'll still have each other
You can stand under my umbrella
You can stand under my umbrella
Ella ella eh eh eh ... Under my umbrella


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os reis dos matraquilhos em Sangalhos

Anadia foi a capital nacional dos matraquilhos (e durante quatro dias). O Velódromo de Sangalhos foi a arena onde os especialistas nacionais do assunto se encontraram para disputar a Taça, Super Taça e Campeonato Nacional.

A coisa até esteve bem animada, mas sinceramente jogar “matrecos” sem umas bejecas, sem tremoços e sem a m… da moeda a encravar sistematicamente no “moedeiro” não é competição nenhuma. Isto parece mais um género de encontro de sueca com a malta equipada com sapatos de sola antiderrapante ou uma prova de atletismo de calça de ganga e moccassins, ou até um torneio de “malha” de fatinho e com a bela da gravata a esbarrar no piroco do pino cada vez que a malta se abaixe para apanhar a malha.

Há coisas que só têm magia nos locais habituais, como tascas, cafés, casas de pasto e afins… e quando lhe dão um cunho de competição formal… lá se vai o encanto, lá se vai a tradição e os costumes. Onde se viu jogar matrecos com árbitros? Assim não há litígios e às vezes escaramuças, que acabam sempre em mais uma rodada de cevada para a malta.

Mas o mais curioso – e para mim, confesso, surpreendente – é termos uma Federação Nacional de Matraquilhos. Boa. E se fosse um desporto olímpico ninguém nos tirava mais umas medalhitas porque nisto somos bons.

Mas agora questiono: Porque raio está o Gilberto Madaíl (e o seu vice-amigo Amândio) na Federação Portuguesa de Futebol? Sem querer ferir a malta federada dos matrecos acho que essa era a Federação perfeita para aquelas e outras figuras do futebol nacional. Pelo menos – acho – o estrago não era tanto.

A propósito dos matraquilhos, deixo uma grande pérola da música portuguesa. Lembram-se dos Fúria do Açúcar com o João Melo? Então ouçam, é o máximo.

E viva Anadia pela tradição de pôr a malta a jogar matrecos num centro de alto rendimento.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Atenção… hic... vem aí um aumento… hic… de 20 %

As previsões assim o apontam e mesmo as mais pessimistas dão conta que o vinho Bairrada desta colheita vai ser realmente muito bom e pode mesmo chegar a um aumento de 20 por cento na produção.

Se há boas uvas e boas castas, à partida, podemos ficar descansados quanto ao resultado do néctar, mesmo que muitas sejam sujeitas a uns pós de perlimpimpim ou sempre aquela ligação milagrosa com H2O, exactamente a fórmula usada há 2010 anos atrás na tão famosa transformação de vinho em água, relatada nos compêndios da história cristã. Só que Cristo não imaginava que, tantos anos volvidos, viesse a ter tantos seguidores de tal acto milagroso.

Bem, mas deixemos os maus exemplos e vamos regozijar-nos com o facto de ter muito e tão bom na perspectiva da colheita de 2010, que como diz quem sabe, ainda beneficia do facto do fim das décadas dar um cunho especial de qualidade à colheita.

Em suma, muito e bom, o que antecipa alguns cenários de pura bebedeira… mas com qualidade.

Sem querer incentivar o consumo de álcool, o Bairradices deixa aqui algumas das razões que ao longo de várias dezenas de anos levaram grandes pensadores a dissertar sobre questões meramente etílicas.

Aqui ficam:

“Nunca confie num homem que não bebe” (Provérbio Chinês)

“O álcool não faz as pessoas fazerem as coisas melhores. Ele faz com que elas fiquem menos envergonhadas por fazê-las mal”. (William Osler)

"Eu aproveitei mais o álcool, do que ele se aproveitou de mim" (Winston Churchill)

"O Vinho é uma prova constante de que Deus nos ama e deseja ver-nos felizes" (Benjamim Franklin)

"O Vinho é a mais sã e higiénica das bebidas" (Pasteur)

"Deus criou a água, mas o Homem fez o Vinho" (Victor Hugo)

"A penicilina cura os homens, mas é o Vinho que os torna felizes" (A. Flemming, Nobel da Medicina)

"Os que bebem Vinho vivem mais do que os médicos que o proíbem" (Mussolini)

"Um Vinho Bom, é sempre bom em qualquer parte do Mundo" (Ana Luísa Calém)

"Não se pode fazer Vinho ao acaso - a qualidade é o que o consumidor gosta e paga" (Luís Pato)

"O Vinho é indispensável artigo de permuta para a moeda de ouro que nos falta" (Emydio Navarro, Jornalista e Político)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Assim se fala em bom "Bairradês"

Recebi há dias esta pérola do léxico nacional e reparei que por vezes à nossa volta há sempre alguém a utilizar um destes belíssimos termos. A coisa não é grave pois se fosse no Porto levava sempre uma asneirola no fim, tipo pontuação. Embora com o êxodo rural e outras formas migratórias internas esta forma fascinante de falar com palavrão no fim acabou por chegar a todo o lado, mesmo ao mirandês, mas aqui, mesmo que se digam ninguém “pesca” nada.

Mas vamos a alguns exemplos que são usados, também, no quotidiano bairradino.

Alevantar - Este é de caras. É o acto de levantar mas com determinação e superioridade. Ex: “Estavam a brincar comigo mas eu alevantei-me e pus-me a andar”.

Amandar - Atirar ou arrimar com muita força. Ex: “É pá, passei-me e amandei o capacete para longe”.

Assentar - É da mesma família das anteriores. É o acto de pousar o respectivo traseiro. Ex: Vai-te lá assentar e não me chateies”.

Aspergic - Publicidade à parte, este é um dos medicamentos mais conhecidos do nosso meio, mas dito assim parece uma mistura explosiva de laboratório.

Binho - Líquido resultante, a maior parte das vezes, da fermentação de uvas. Crê-se que a utilização do B se associa ao facto de para muitos ser mesmo muito Bommmm.

Capom - Porta de acesso aos motores dos carros (excepto nos carochas) que quando bate faz um ruído parecido com POM e fica linda quando lavada com “Champom” automóvel.

Destrocar - Milagre da multiplicação, repetida, associado ao dinheiro. Damos uma nota para “destrocar” e ficamos cheios de “miúdos”, vulgo trocos.

Disvorciada - Sinónimo de descasada. Mulher que já foi casada e já não o é, diz-se.

É assim... - Termo utilizado para ganhar tempo, não quer dizer m… nenhuma, mas é vulgar ver historiadores, políticos e jornalistas, entre outros intelectuais a optarem por este quebra brancas, que para quem desconhece até parece que precede um clamoroso discurso.

Entropeçar - Tropeçar entre duas coisas. Ex: “tentei passar entre o banco e o balde e acabei por entropeçar”.

Êros - Diz-se na Bairrada para designar a moeda adoptada pelos estados membros da Comunidade Europeia (plural).

Há-des - Das minhas favoritas. “Há-des cá vir um dia com essa que te mordo a língua”.

Inclusiver - Esta também é boa e muito mais engraçada quando usada na variante "inclusivel".

Númaro - Sem grandes explicações. Se eu soubesse os númaros dos Euromilhões não andava para aqui a blogar. Também se usa “númbaros”.

Parteleira - Local onde as parteiras guardam os livros e utensílios do parto.

Prontus - Fim de frase. Maneira de acabar a conversa. A vida é assim e “Prontus”.

Stander - Local onde compramos automóveis. Adoptado também para as barraquinhas de feiras. Quem sabe não deriva do “estender” qualquer coisa numa feira. Aí até se torna credível.

Para melhor perceber este léxico tão especial, caros amigos, só vos posso dizer que hoje alevantei-me cedo e logo pensei em amandar este post no Bairradices, mas a dor de cabeça era tão forte que tomei um aspergic e misturei-lhe binho ao almoço. O carro avariou-me e levantei o capom e vi que não havia óleo no motor, fui às compras, destroquei uma nota na oficina da Isilda disvorciada, entropecei no tapete e larguei todos os êros que tinha no bolso.

Com tanto azar, virei-me para o carro e suspirei: Há-des Cá vir pedir gasolina que depois a gente conversa. Não levas mais nada, inclusiver pneus novos. Vou procurar o númaro do stander e vais voltar para lá, para te porem numa parteleira.

E prontus “assim se fala em bom bairradês”...

sábado, 18 de setembro de 2010

O Pato do Luso e o Papagaio da Colômbia

Esta semana fomos surpreendidos por uma notícia curiosa acerca de um Papagaio que foi detido na Colômbia por, alegadamente, colaborar com um cartel de droga, avisando os criminosos aquando da presença da polícia.

Lorenzo (é o nome do bicho) funcionava como detector da "bófia", emanando gritos de alerta para a malta da coca. O resultado é que o louro foi detido e vai ver o sol atrás das grades (nada de novo para ele, na gaiola é a mesmíssima coisa).

Mas não foi só a Colômbia que esteve nas bocas do Mundo por causa de aves, Portugal também (e não vou falar do Roberto) pois recentemente parece que um elemento da Junta de Freguesia de Luso (Mealhada) foi à Câmara queixar-se do desaparecimento de um pato falante que habitava a zona do lago do Luso. Diz o autarca que passava horas a fio a falar com ele, empoleirado na vedação do respectivo lago. E diz mais, afirma mesmo que dá 5.000 euros para quem devolver o pato. Isto, segundo o jornal Região Bairradina, aconteceu no decorrer de uma reunião de Câmara onde se chegou a fazer apostas, nos bastidores, para saber quem era o "lobo" vestido com penas de pato. Entre os vaticínios, um deles, tido como mais plausível, parece que dava conta que o tal pato, aqui há uns tempos, pôs-se a Milha(s) depois de ter dado Calígula nos dentes.

Para já estão arredadas outras teses, até porque um dos patos mais (e bem) falantes da Bairrada - o Luís - deve andar ocupadíssimo com as vindimas e não parece ter grande tempo para ouvir o amigo Jorge Carvalho, que naquela famosa reunião de Câmara deixou uma pista e diz que o raio do pato anda para os lados da Pampilhosa. Quac, quac, quac. Agarrem esse pato, ele vale 5 mil euros.

Cá para mim, se o palpite não me atraiçoa cheira-me ao número "tlinta e sete" do menu, ou seja, Pato com Laranja.

O Bairradices ainda não conseguiu filmar o pato, mas deixa aqui a detenção do Lorenzo, vejam:

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Patrão Lito isso não é bonito

Encontrei esta pérola bairradina no Repórter Clix. Alguém está realmente aborrecido com o "Lito". Será um ex-funcionário?

Bem, aqui fica o registo anónimo do desagrado pela postura empresarial do amigo Lito. O Repórter Clix diz que a democracia tem destas coisas. E diz que o referido protesto foi encontrado nas paragens de autocarro.

O Bairradices regista aqui a forma como o reivindicador trata o visado, com trato fino, sem recorrer ao enxovalho. Um "senhor" protesto.

Se a moda pega, não há paragens de autocarro que aguentem... será que este tipo de situações está também previsto na proposta de revisão constitucional do PSD?

Para todos efeitos - e como o Bairradices é um blogue democrático - o amigo Lino (e outros) têm aqui todo o espaço do mundo para reagir ao papel de parede de paragem de autocarro. Amigo Lino use o espaço que quiser para o contraditório e diga lá quem manda afinal.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Raio do aviso que afasta toda a gente

Como muitos sabem ( e se não sabemos devíamos saber) em 1810 ocorreu a Batalha do Bussaco, onde os portugueses e seus aliados ingleses lutaram contra as tropas de Napoleão Bonaparte. As más línguas da altura dizem até que não foi preciso muito esforço, bastou espalhar cartazes destes pela mata.

Napoleão não gostou do que viu e, sendo do espírito daqueles que mais tarde inventaram a máxima "É Proibido Proibir", partiu de imediato com as tropas, que ainda sobravam, à procura de "zone de repos" e "les forêts" mais liberais, mais permissivas, que isto de batalhas sem animação é coisa desenxabida.

Agora, 200 anos depois, ficamos com a interrogação: Será que foi um destes cartazes , esquecido na frondosa mata até aos dias de hoje, que influenciou a votação nas 7 Maravilhas Naturais de Portugal? É que a malta não gosta muito e não está habituada a proibições deste tipo e quem sabe penalizou o Buçaco na votação.

A Floresta Laurissilva ganhou, pois ganhou, mas na Madeira vale tudo, ou melhor permite-se por ali muita coisa que não lembra aos continentais... e juro que não estou a falar do Alberto João nem no paraíso fiscal ou zona franca ou o que quiserem chamar.

sábado, 11 de setembro de 2010

Twilight de Peter Murphy na festa do Morcego de Águeda

Andei farto de pensar no assunto e sabia que tinha que haver uma relação forte entre Peter Murphy e a Festa do Leitão de Águeda.

Pensei, pensei, pensei... e fez-se luz, apesar do crepúsculo. Como Peter Murphy, o ex-vocalista dos Bauhaus que foi cabeça de cartaz na festa bácora de Águeda, faz de vampiro em Eclipse , terceiro filme da saga Twilight, vi logo que a intenção principal da organização foi a de homenagear o precursor do Leitão de Águeda, o António Morcego, que segundo rezam algumas histórias era o braço direito do Ti Marcelino que, vindo do Brasil, no princípio do séc. XX, dedicou-se a assar leitão e vendê-lo porta-a-porta e em feiras. Morcego foi aprendiz da arte e, com suor e lágrimas de sangue, expandiu o negócio no concelho de Águeda.

As "vampirices" do Peter Murphy e o leitão que Morcego trouxe, no passado, a Águeda, estiveram de mãos dadas na festa do leitão de 2010, embora - confesso - quase que derretia os neurónios para conseguir perceber o que raio tem a ver o gótico com o leitão. Quanto ao "vampiranço", sinceramente só se for pelo lado da cabidela de leitão... e para mim é para já, sem demoras, antes que venha o Twilihgt, ou seja o crepúsculo ou o "tarde para caraças", como se diz por cá no burgo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Bruno Aleixo e Renato vão filmar no Luso

Tirando coisas como "trabalhari","sai da frenti", o "bir embora" e "implicari", quase que acreditaríamos que esta "super-produção" tinha carimbo de Hollywood. Mas não deixa de ser engraçado ver o Renato com aquele ar de broeiro e o vivido Aleixo, mais astuto que uma velha raposa.

Afinal o circuito Luso-Buçaco tem mais para dar. Água, Floresta, Desporto, lazer, Religião, Cheiro a Baganha, Spa´s e Cinema... ahhh e Caramujos.
Vejam, "bota no play"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os 25 anos do Multibanco

E porque hoje faz 25 anos que neste país usamos aquelas caixas e terminais mágicos que transformaram o velho porta-moedas num cartão de plástico rígido, aqui fica a homenagem do Bairradices a essa preciosidade tecnológica, que é:

segu
ra


Acessível e be
m localizada



Uma tentação para alguns



Às vezes indisponível



Um autêntico santuário financeiro



Para crentes e menos crentes
Mas acessível a todos




Fotos não identificadas por terem chegado via e-mail sem menção ao autor.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Bairradices apoia a Mata do Buçaco

Não conseguindo demonstrar tanta subtileza como a do Homem do Buçaco para demonstrar o meu apoio à Mata na eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, resigno-me e deixo aqui o grande mestre na arte de convencer grandes públicos.

Não esqueçam que a Mata do Buçaco corre sérios riscos de ser uma das 7 Maravilhas Naturais do nosso país. Mas temos que votar, por isso cortem as chamadas para aqueles programas nocturnos tipo casino televisivo e, se possível, abrandem nas chamadas eróticas de valor acrescentando. A ma(l)ta agradece.

As votações terminam no dia 7 de Setembro. Por SMS mandem para o nº 68933 a mensagem "702".

Por Telefone marquem o número 760 302 702.

Na Internet registem-se AQUI e votem na Mata Nacional do Buçaco (está na primeira coluna da esquerda, na categoria florestas e matas).

Entenderam? Não? O homem do Buçaco esclarece. Vejam:


sábado, 28 de agosto de 2010

Tanto milagre para um só mês

Que se cuidem os grandes locais de culto do país, pois Águeda assume-se, a passos largos, como a grande catedral do milagre. O mês de Agosto foi a prova disso mesmo e se houve milagres previsíveis, outros nem por isso e nem ao diabo lembraram.

Começamos pelo Milagre da Urgueira, ou seja, pelo gesto desenfreado, destemido e destrinçado de um homem da serra, de fato de burel e de cravo nas ventas. Falo de Manuel Farias (qualquer dia pelos seus feitos, quem sabe, passará a chamar-se Manuel Faz) o já rotulado milagreiro da zona serrana de Águeda, que anualmente brinda os romeiros da Urgueira com a entrada num forno comunitário a 250 graus(quentinho, pois) para depositar uma broa, que este ano, dada a crise, foi na ordem dos 80 quilos.

A tradição, pelos vistos, ainda é o que era pelas encostas, ainda aguedenses, da Serra do Caramulo, onde este homem e todo um staff da Associação Etnográfica Os Serranos recria “O Milagre da Urgueira”.

Entretanto, fonte próxima do destemido serrano, garantiu ao Bairradices que o Farias (irrequieto por natureza nestas coisas da cultura) decidiu entrar no forno desde 1996, altura em que diz ter perdido a paciência para estar, como muito dos seus conterrâneos, a torrar de papo para o ar na Barra ou na Costa Nova. Basta uns segundos no forno, com todos aqueles graus, que a coisa fica parecida com um solário e se a desidratação ameaçar não faltará o “Método do Jacinto” (tanto faz que seja branco como tinto).

Mesmo com a dedicação que se conhece a este evento histórico, o certo é que outros houve por Águeda neste mês de Agosto, que acabaram por relegar o Milagre da Urgueira para uns furos abaixo, mas também pudera ninguém estava à espera mesmo que a famosa “Casa do Engenheiro” viesse mesmo abaixo.

No então, à espera de um milagre parece estar a relação entre a Câmara de Águeda e a Associação Comercial local, que vai denotando a existência de divergências entre elas, embora em vésperas da Festa do Leitão (e sendo as duas entidades que organizam o certame) as coisas parecem estar como o Forno da Urgueira uma semana depois da festa, bem mais frias.

Sinceramente, não sei bem qual é o motivo do arrufo entre a autarquia e a associação, mas deixo um conselho ao senhor presidente da ACOAG: Amigo Castilho, conforme tem feito na sua actividade profissional, enterre o assunto de vez, pois como o senhor tão bem sabe “a vida são só dois dias”… e um já lá vai.
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