Em Anadia é na inovação que está o ganho

Um conceituado restaurante do concelho de Anadia descobriu o revolucionário conceito de take away na vertente da possibilidade de levar para casa. Com este rasgo criativo concerteza que vão acabar todos os outros take away das redondezas.

É nas economias desfavoráveis que faz toda a diferença ser visionário e criar novas ofertas para um novo universo de procura.

Será que já há gente que vai a um take away e comete esse rasgo de inovação trazendo comida para casa?

Não sei se foi da minha vista ou da placa do Batista. Mas meus amigos, o futuro do take away está aí. Enjoy it.

Sátira na capital do samba da Bairrada

Por entre plumas e lantejoulas o Bairradices voltou à capital do samba da Bairrada, na Mealhada, para registar mais uma edição do Carnaval, dito, mais brasileiro de Portugal, que este ano foi brindado pelo sol, mas que já não é há muito pelas famosas pipas de vinho espalhadas pelo recinto, como atractivo especial para os foliões da bezana.

O Bairradices deixa o samba e o trabalho das escolas para o comentário de especialistas na matéria, juízes, experts e todos os outros. Aqui deixamos apenas uma pitada da ousadia de um cunho português de humor que mostrou pelo sambódromo o estado das solas dos sapatos do presidente da república, as agências de ratting, os feriados do país, o vinho do produtor que tem mais sabor e uma homenagem singela a um homem forte do FMI... uma quase inédita valsa de Strauss-Kahn.

Fazer a festa na freguesia antes que seja tarde

A Freguesia de Bustos (Oliveira do Bairro) celebrou o 92º aniversário da elevação a freguesia, com uma festa de arromba realizada no fim-de-semana passado, conseguindo antecipar-se ao Governo perante o anunciado extermínio das freguesias.

O melhor será os senhores autarcas começarem a programar as festas das suas freguesias, assim tipo 34 anos e dois meses, ou 58 anos e 45 dias, pois um dia destes a única coisa que podem celebrar não é a elevação mas sim a eliminação ou extinção... coisas da troika e de um Governo que parece não conhecer o sabor de uma conquista territorial, de um bairrismo saudável e da contribuição para a qualidade de vida em sentir ter um braço do poder local ao virar da esquina, isto para além de volta e meia ter um porco no espeto cada vez que passe um ano de tal conquista.

Ou a coisa muda e fica por intenções ou qualquer dia vamos ter aniversários da eliminação de freguesias. Isso não é festa, mas sim aniversários lutuosos.

A campanha publicitária é a alma do negócio

O escritor e jornalista George Orwell, que dizem ter tido ligação à Bairrada por ocasião do famoso "Triunfo dos Porcos", disse que "a publicidade não é mais do que o ruído de um pau a bater numa caldeira".

Imaginam o barulho que faria o exemplo seguinte?

Crise obriga supermercados a promoções contidas

A crise já chegou aos hipers e supermercados da Bairrada. A ideia está boa no ponto de vista do vendedor. O consumidor, no entanto, não deve achar muita piada à promoção.

Cá para mim o problema é outro. Sinceramente, acho que foi o funcionário que bebeu algumas destas da promoção, quer dizer das outras com álcool e o disparate foi inevitável.

Do mal o menos. Seria muito pior trazer três e pagar quatro.

Já agora, em nota de rodapé. Gostei de ler na etiqueta o "Aproveite agora, stock limitado".

Na Bairrada também é Dia dos Namorados

Gulosice no mundo do crime

No passado mês de Janeiro um homem entrou numa pastelaria de Aveiro e, sob a ameaça de uma navalha, exigiu aos funcionários que lhe entregassem 200 pastéis e o dinheiro da caixa, segundo noticiou a Agência Lusa.

O suspeito, um homem, de 27 anos, desempregado, entrou de madrugada numa padaria/pastelaria e ordenou aos funcionários a entrega do conteúdo da caixa registadora, na altura apenas 50 euros, e de 200 pastéis, sob a ameaça de uma navalha. Azar do assaltante, pois horas mais tarde acabou de ser detido e se comeu as natas possivelmente terá sido apanhado com as calças na mão... pudera, com tanta nata.

Com o dinheiro a desvalorizar cada vez mais, particularmente o nosso euro, o jovem assaltante tentou o filão do pastel de nata, depois deste doce ter sido aclamado como uma das 7 maravilhas da gastronomia. Mas a grande culpa disto é do Ministro da Economia que ainda há dias sobrevalorizava o famoso pastel, aconselhando os nossos agentes económicos a exportar este produto de excelência e criar um franchising para o pastel.

Álvaro Santos Pereira lá terá dito que o pastel é como ouro para a nossa economia. E o amigo assaltante não foi de modas e tomou a coisa à letra e toca a roubar pasteis. Sim, pois como vão os negócios é mais fácil encontrar produto nas estantes do que dinheiro nas registadoras.

Excentricidades ao volante de um carro gamado em Águeda

Um imigrante de nacionalidade russa cometeu a excentricidade de pisar o risco seis vezes, de uma assentada só, ao volante de uma carro roubado em Águeda há seis meses. Vamos à contabilidade:

A GNR de Faro deteve o afoito condutor na passada terça-feira depois de ter passado um sinal vermelho, por circular num carro furtado, por conduzir sem carta, por estar com os copos, por estar ilegal no país e porque tinha droga no carro. Ufa.

O senhor imigrante, de 35 anos, foi detido cerca das 19h00 tendo sido mandado parar por uma patrulha depois de ter passado o sinal vermelho, depois foi uma autêntica avalanche de processos, esgotando tudo o que era contra-ordenação e crime, sem carta, com um carro roubado em Águeda... e com o pormenor de que estava ilegal no nosso país.

Apesar disto tudo, a GNR fez-lhe o teste do balão... e pumba, uma taxa de alcoolemia de 1,71 gramas/litro. Só para apimentar a coisa, o totalitário das infracções estava na posse de cerca de 400 gramas de haxixe.

Será que os pneus estavam conforme? A inspecção do carro foi feita? Tinha seguro? Será que abriram a bagageira do carro? Ai que medo. É mesmo maluco este imigrante.

Intolerância de ponto para o Carnaval

O Carnaval da Mealhada acaba por ser mais uma vítima da intolerância de ponto... de Passos, para a terça-feira de Carnaval.

Numa primeira análise até que percebemos a situação e não é à toa que se chama Domingo Gordo ao último dia de folga antes do Carnaval. Pois assim o Governo pode citar o memorando da troika, que, lá para uma alínea escondida qualquer, diz que a seguir a qualquer coisa gorda o melhor é decretar algo de magro nos dias seguintes.

Pela Bairrada - e mais concretamente na Mealhada - a coisa está a virar um estímulo e há já quem esteja a pensar em começar a trabalhar bem cedo naquela terça-feira para zarpar à tarde para o sambódromo, como este sujeito aqui na foto, que está a ultimar um arranjinho para depois ir soltar a franga no desfile.

Vá lá, não sejam piegas. Tirem a máscara e divirtam-se!

Já agora, que vamos fazer ao ditote popular que diz que "A vida são dois dias e o Carnaval três"?

No dia em que o visconde Cid fez anos

José Cid completou esta sábado 70 anos de idade. Tantos anos e uma invejável longevidade musical fruto da teimosia bairradina que caracteriza este rei do musicól do país.

70 anos de historia com "O Poeta, o Pintor e o Músico", em "Vinte Anos" e na "Cabana Junto à Praia", com a sua "Balalaika", que preparou uma "Balada para Dona Inês" mas saiu-lhe "A Lenda D'el Rei D. Sebastião". Foi aí que "A Pouco e Pouco" e "Junto à Lareira", o "Sonhador" lembrou-se de uma "Portuguesa Bonita" e como tem "Coração de Papelão" prometeu-lhe "Um Grande, Grande Amor" que já durava desde "Ontem, Hoje e Amanhã".

Com a fixação nos "Verdes Trigais em Flor", começou a contar "Carneirinhos" para o encontro com a amada e pediu "Mais um Dia" para preparar a "Fuga para o Espaço". "No Dia em que o Rei Fez Anos" o "Cantor da TV" no "Largo do Coreto" convidou-a: "Vem Viver a Vida Amor".

Ela retorquiou: "Como o Macaco Gosta de Banana eu Gosto de Ti". E Prometeu que o ía "Amar como Jesus Amou".

Fim da história e como já "Cai Neve em Nova Iorque" Adeus e "Boa noite Sr. Jazz".

No dia em que o Cid fez anos:

"Vieram tribos ciganas
Saltimbancos sem eira nem beira
Evitaram a estrada real
E passaram de noite a fronteira

E veio a gente da gleba
Mais a gente que vivia do mar
Para enfeitar a cidade
E abrir-lhe as portas de par em par

No dia em que o Cid fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar

E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o Cid faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer

Mas nesse reino distante
Quem tinha um olho era rei
Lá vai rei morto rei posto
Levado em ombros p'la grei

E a festa continuou
Já que ninguém tinha nada a perder
Só ficou um trovador
P'ra contar o que acabava de ver.

No dia em que o Cid fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar

E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o Cid faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer

No dia em que o Cid fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar

E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o Cid faz anos
que venha à praça, para nos conhecer"

José Cid e "Nunca mais é sexta-feira"

Presença já habitual no Bairradices, o Visconde de Mogofores (Zé Cid para os amigos), não pára de surpreender, desta vez com uma divertidíssima composição "Nunca Mais é Sexta-Feira", cujo vídeo-clip, da autoria de José Relvas (não confundir com Miguel), faz desfilar várias figuras conhecidas, entre elas o ex e o actual Primeiro-Ministro, este último, de nome Passos, a demonstrar uma sintonia perfeita no "lá, lá,lá, lá lá".

Entre as várias figuras do vídeo há uma que aparece insistentemente, mas sinceramente não a conheço daquele ângulo. Será um puro bairradino depois de tomar banho em dois almudes de vinhaça?

Eis então a melhor música na voz do bairradino Cid. Apreciem...

Está descoberto o segredo do vinho anti-alérgico

As pessoas alérgicas ao vinho (não confundir com as alérgicas aos efeitos secundários em demasia deste néctar) vão passar a poder beber sem problemas, segundo aquilo que veio espelhado na imprensa nacional ao longo dos últimos dias. A descoberta foi feita por uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro e ao que parece foi o resultado de saturados estudos e experiências feitas em laboratório, não utilizando ratos, mas sim um painel de provadores das mais finas tascas dos lugarejos dos arredores da cidade para que assim se determinasse o verdadeiro indicador alergénico de cada um deles… de caixão à cova, como diz o povo.

Fonte próxima do estudo científico dá conta que a bezana foi maior do que o esperado porque a ideia dos investigadores passava apenas por analisar os efeitos do vinho e não a mistura destes com bolos de bacalhau, pataniscas ou bifanas, ficando de fora qualquer efeito esponja na prova.

No entanto, para tal investigação, parece ter sido determinante uma equipa escolhida e enviada pelo Manel dos Parafusos, de Cacia, que reuniu um lote de verdadeiros “ingeridores etílicos” que depois de uns bons almudes lá deixaram os investigadores escrever algo sobre a fantástica experiência, concluindo que a malta quando bebe aquelas quantidades não fica alérgica, fica embriagada mesmo, mas o pior é que para concluir isto tiveram que entrevistar cada uma das cobaias, conseguindo ao fim de cinco minutos e de 459 “hic’s” a confirmação de que afinal quando mais água tem o vinho maior fica a alergia.

Agora mais a sério - e mais académico – o segredo do vinho antia-lérgico é "a adição, durante a sua produção, de um polissacarídeo chamado quitosana que é extraído, por exemplo, das cascas dos caranguejos e dos camarões, podendo também ser extraído de fungos", explica Manuel António Coimbra, responsável pela equipa de investigação. Isto fez-me lembrar logo um slogan: Se queres beber vinho sem apanhar uma carraspana pede um que tenha quisotana” (engraçado pelo nome parece a tia gorda do conhecido produto para eliminar piolhos).

Continuando, eu apanhei a história no JN (AQUI) que dá conta que o sulfuroso, que é adicionado nas várias etapas da vinificação para evitar a proliferação de microrganismos que degradam o vinho e as oxidações que o acastanham, é um composto químico que pode provocar reacções alérgicas nalgumas pessoas, que se vêm por isso impedidas de o consumir.

Pois, alérgicas… acredito.

Termino com um contributo de Fleming para o assunto:
"A penicilina cura os homens, mas é o vinho que os torna felizes".

PS- Perdoem-me a foto mas o Bairradices está também rendido às "chinesices".