As pessoas alérgicas ao vinho (não confundir com as alérgicas aos efeitos secundários em demasia deste néctar) vão passar a poder beber sem problemas, segundo aquilo que veio espelhado na imprensa nacional ao longo dos últimos dias. A descoberta foi feita por uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro e ao que parece foi o resultado de saturados estudos e experiências feitas em laboratório, não utilizando ratos, mas sim um painel de provadores das mais finas tascas dos lugarejos dos arredores da cidade para que assim se determinasse o verdadeiro indicador alergénico de cada um deles… de caixão à cova, como diz o povo.
Fonte próxima do estudo científico dá conta que a bezana foi maior do que o esperado porque a ideia dos investigadores passava apenas por analisar os efeitos do vinho e não a mistura destes com bolos de bacalhau, pataniscas ou bifanas, ficando de fora qualquer efeito esponja na prova.
No entanto, para tal investigação, parece ter sido determinante uma equipa escolhida e enviada pelo Manel dos Parafusos, de Cacia, que reuniu um lote de verdadeiros “ingeridores etílicos” que depois de uns bons almudes lá deixaram os investigadores escrever algo sobre a fantástica experiência, concluindo que a malta quando bebe aquelas quantidades não fica alérgica, fica embriagada mesmo, mas o pior é que para concluir isto tiveram que entrevistar cada uma das cobaias, conseguindo ao fim de cinco minutos e de 459 “hic’s” a confirmação de que afinal quando mais água tem o vinho maior fica a alergia.
Agora mais a sério - e mais académico – o segredo do vinho antia-lérgico é "a adição, durante a sua produção, de um polissacarídeo chamado quitosana que é extraído, por exemplo, das cascas dos caranguejos e dos camarões, podendo também ser extraído de fungos", explica Manuel António Coimbra, responsável pela equipa de investigação. Isto fez-me lembrar logo um slogan: Se queres beber vinho sem apanhar uma carraspana pede um que tenha quisotana” (engraçado pelo nome parece a tia gorda do conhecido produto para eliminar piolhos).
Continuando, eu apanhei a história no JN (AQUI) que dá conta que o sulfuroso, que é adicionado nas várias etapas da vinificação para evitar a proliferação de microrganismos que degradam o vinho e as oxidações que o acastanham, é um composto químico que pode provocar reacções alérgicas nalgumas pessoas, que se vêm por isso impedidas de o consumir.
Pois, alérgicas… acredito.
Termino com um contributo de Fleming para o assunto:
"A penicilina cura os homens, mas é o vinho que os torna felizes".
PS- Perdoem-me a foto mas o Bairradices está também rendido às "chinesices".
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