segunda-feira, 29 de junho de 2009

Feira Bairradina mantém sigla

Apesar de algumas alterações em curso desde a última edição e da indefinição da altura do ano para a sua realização, eis de regresso a renovada Feira Interessante Animada pelos Cavalos e Outros Brinquedos do António* (FIACOBA), em Oliveira do bairro, que depois de um interregno de um ano volta cheia de força e agora, de novo, à data em que sempre se realizou, ou seja, em pleno mês de Julho, mostrando a coerência do actual executivo em repor datas alteradas, como foi a do feriado municipal, só que no caso da feira em causa mostraram um rasgo de inovação, em 2007, no espaço com o mesmo nome, e “bora” lá fazer a feira, em Outubro e programada para ser de dois em dois anos. Depois veio a feira dos cavalos e tourada à mistura, coisas que o puro bairradino sempre se identificou…

E não critiquem a autarquia local por apostar na 2ª Feira do Cavalo para a edição 23ª da FIACOBA. Que não digam agora que não há tradição destas coisas na Bairrada. Há sim, porque até houve já uma feira do género no mesmo local, no ano passado. Logo se não há tradição… Faz-se, até porque há que repor as raízes locais em equitação, tauromaquia, anões, póneis e potros.

O cavalo está para o bairradino como o leitão está para o ribatejano, com a vantagem que o ribatejano até é capaz de não ser muito esquisito na hora de comer qualquer leitão, minimamente aceitável, que lhe ponham à frente, mas o bairradino é fino, não quer qualquer cavalo na sua arena. Puros Lusitanos, touradas com a “nata” do mundo tauromáquico e uma imensidão de concursos de atrelados, desfiles, cavaleiros fazem as delícias dos aficionados bairradinos, que ansiosamente aguardaram um ano inteiro para voltar a ver as cavalgaduras que se vislumbram na traseira do magnífico espaço inovação.

A propósito desta feira, surge-me na memória a história “O Cavalo e seu Menino”, um livro infantil do escritor irlandês C.S. Lewis publicado em 1954. É o quinto livro da série As Crônicas de Nárnia a ser publicado, mas é o terceiro livro da série na ordem sugerida de leitura. Em Portugal este mesmo livro recebe o título de “O Cavalo e seu Rapaz”.

* Vá lá, sabem bem quem é o António da feira. Não puxem por mim.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O adubo está lançado

Um mês certinho depois do primeiro post, o Bairradices aparece como um orgulhoso sobrevivente destes primeiros 30 dias de reflexão bairradina.

Como ninguém nasce ensinado (e como aprendemos todos os dias) o Bairradices aqui vai, trópego e determinado para cumprir o segundo mês de vida.


Satisfeito pela pequena missão cumprida, deixo aqui alguns números: Com apenas 8 post's neste mês, o Bairraces, que começou a contabilizar as estatísticas no início deste mês de Junho, foi visto por 168 visitantes que percorreram o blog por mais de 800 páginas, em visitas com a duração média de 6 minutos. Ainda há cibernautas pacientes que aturam coisas como o Bairradices.


O adubo está lançado, aguardando as vossas sugestões para uma Bairrada mais interessante, leve (não confundir com leviana) e curiosa, através de uma visão diferente e pouco monótona ou bafienta.


Falei de adubo lançado para homenagear este interessante marco do urbanismo do país, presente em muitas paredes das nossas casas, junto das grandes vias de comunicação de outros tempos. Falo do famoso conjunto de azulejos da publicidade do Nitrato do Chile, que educamente trata o consumidor como alguém especial, veja-se o termo em tom imperativo "adubai".


Uma lição à Coca-Cola que há anos que trata o consumidor por tu. Imagine o amigo cibernauta ver num outdoor a mensagem "Bebei Coca-Cola" ou "Comei batatas Matutano". Agora imagine-se se a publicidade fosse de preservativos... Tinha pinta.

Quadras (Im)populares

Para comemorar os Santos Populares e as tradicionais marchas de Anadia, e depois de mais uma excelente Feira da Vinha e do Vinho, José Manuel Ribeiro (líder da concelhia de Anadia do PSD e presidente da Assembleia Municipal) e Litério Marques (presidente de Câmara e candidato do PSD) voltaram a ter que se encontrar em público.


Há quem diga que o encontro não correu mal e os dois até vieram munidos de vasos de manjericos, com quadras a preceito, trocando mimos em reservado. Mimos esses que o Bairradices teve acesso e transcreve aqui, em primeira mão, porque vale a pena… É mesmo um mimo.


José Ribeiro abre fogo:


Litério, meu amigo Litério

Desta vez levaste a melhor

Mas ainda vais perder o império

Pois para a próxima vou ser pior


Não sei onde falhei

Fiz tudo para te “papar”

Até amigo da Manela Fiquei

E só deu para empatar


Conquistei a concelhia

E tentei a distrital

Pensava ter na mão Anadia

Mas nem consegui a freguesia termal


Foi ali naquela noite

Que dizem que choraste

Pensei que era do meu “açoite”

Confesso… Fui um “traste”


Aproveito aqui o Bairradices

Para me associar à candidatura

Boa sorte e umas meiguices

E não faças da vitória uma ditadura


Litério responde com outras tantas quadras:


Zézito, amigo insubmisso

Claro que levei a melhor

Não te preocupes com isso

Estou pronto para ver o teu pior


Eu sei onde falhaste

Não devias ter sido mau para mim

Atura a Manela que conquistaste

E deixa o resto para mim


Pensavas tu ter conquistado tudo

Do concelho até à nação

Podes considerar-te um sortudo

Se fores a alguma votação


Se te disseram que chorei

Foi pela nossa amizade

Agora até para isso caguei

Ao cimo veio a verdade


Obrigado pelas palavras

Que no Bairradices deixas

Não digas coisas parvas

E não venhas para aqui com queixas

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Não resisti !!!

É uma das nossas pérolas contemporâneas... A Menina dos Meus Olhos, de José Mário Branco é uma preciosidade, pena que não seja bairradina, mas não deixa de versar situações que se encaixam perfeitamente em muitos dos nossos bairradinos, alguns políticos e outros nem por isso.

Aproveitando a arte de Zé Mário Branco, e com a certeza que a Bairrada é a menina dos meus olhos, deixo aqui este trabalho espantoso, imperdível... Vejam e deliciem-se:

"Bota no Play"

terça-feira, 16 de junho de 2009

Mealhada ponto negro da prostituição nacional?

A notícia é do Correio da Manhã de 14 de Junho, num artigo que diz que a "crise atira portuguesas para a estrada" e aponta a Estrada Nacional na Mealhada como um dos três pontos de excelência para a prática da profissão mais velha do Mundo, colocando esta zona bairradina ao lado das rectas de Coina e Pegões.

A Sónia Trigueirão (que assina o tal artigo) que me desculpe mas também passo pela Mealhada de vez em quando e o que vejo é que afinal as portuguesas que a crise atirou para a estrada não estão na Mealhada, podem estar em outro local qualquer, mas aquilo que está aos olhos de todos na Nacional 1 são jovens muito pouco portuguesas, parece-me.

Isto não quer dizer que a prostuição não existe na Mealhada. Existe sim, mas a proliferação de prostitutas do leste europeu e do Brasil vai acontecendo por todo o lado e lembro a senhora jornalista que podia dar um pulito ao Luso e pelo caminho entre a Mealhada e aquela vila termal aí sim veria a prostituição tipica e tradicionalmente portuguesa, indissociável da paisagem, quase uma referência local, digna de merecer um rótulo parecido com as 4 Maravilhas da Mealhada. Não era mau de todo, pois naquele concelho tudo o que é bom aparece à beira da estrada...

Se bem que esta "5ª maravilha" pouco deve dignificar o concelho, o certo é que tem avançado a olhos vistos, contrariamente ao que se passa com algumas das 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada, que entraram há muito em colapso, como é o caso da Adega Cooperativa local, que quase levou os seus associados a terem que se prostituir para pagar os buracos financeiros que ficaram nas suas contas.

De tudo isto ocorre-me uma sugestão: Ponham a adega à beira da estrada e aproveitem aquelas "embaixadoras" romenas, ucranianas e afins para promover o néctar bairradino.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Ti Maria da Peida

O irreverente Hélder Tanais continua a surpreender. Há quem diga que nada segurava esta alma desassossegada nos tempos de escola e nas agitações da, entretanto falecida, ATUM - Associação de Tolos Unidos da Mourisca, não a terra da Casa dos Fidalgos, mas sim a Mourisca do Vouga, capital da Freguesia da Trofa, também ela do Vouga e do concelho de Águeda.

É sem dúvida um rasgo de cultura esta encarnação de Hélder na figura de "Ti Maria da Peida", uma solução para enfrentar a crise e dar emprego à família e amigos, menos ou mais gordos, menos ou mais altos, mais ou menos animalescos.

O Hélder superou-se a si próprio, meteu-se na automotora da Mourisca até Aveiro onde apanhou o Pendular até Santa Apolónia, levando na bagagem uma "amarela" da raça Marinhoa - sim estou a falar de uma vaca !!! - que acabou por fazer na capital uma real cagada, no programa Herman Sic - onde muitos de nós tínhamos vontade de fazer o mesmo - com o humorista a rejubilar-se pelo feito, por mais um momento alto do programa, parecido com aqueles que nos fizeram chorar de riso e vergonha com a Linda Reis a fazer strip ou a Lili Caneças a simular ser alguem sério e importante, a diferença é que estas duas acabaram por não aliviar o intestino em palco como fez a mediática "amarela" que o Hélder levou .

Parece que o episódio da vaca não chegou, levando o entertainer (estou a falar do Hélder, que ofuscou a figura mediática do apresentador) a "avacalhar" literalmente o programa com a Peidinha, a Peidona, o Zé dos Peidos e restante família.

Meu caro Jorge Perestrelo, peço desculpa, mas afinal não é o futebol ou os golos... Mas sim disto, "é disto que o meu povo gosta". Eu cá admiro a coragem dos intervenientes, mas "chuto para canto".

Deliciem-se: "bota no play"

domingo, 7 de junho de 2009

Guerra aos morcegos em Larçã



A raiar o limite da nossa Bairrada, o lugar de Larçã (Coimbra), paredes-meias com a Pampilhosa (Mealhada), com quase 480 habitantes, acabou por sair do anonimato no passado dia 1 de Junho. Tudo porque um “iluminado” habitante do lugar (há quem diga que é um GNR reformado) perante um ataque desmedido de morcegos que se acomodaram na cave de um prédio, não teve meias medidas… Aí vai disto e pegou num pneu Michelin recauchutado pôs-lhe fogo e mandou-o para a cave.

Para os pacatos moradores, o momento foi de aflição, de susto, de anúncio de fim do mundo, com tanto fumo negro a sair pelas janelas, portas e frinchas do prédio.

De alerta em alerta, o certo é que num ápice aparecerem três corporações de bombeiros, cinco viaturas e um sem número de soldados da paz, da Pampilhosa, Brasfemes e Sapadores de Coimbra, facto que me foi confirmado por um amigo bombeiro, que descreveu o ar anedótico dos colegas perante tal acontecimento.

Sem que eu tenha estado no local, posso imaginar o senhor “incendiário” de pneus, a sair da cave, depois de correr com os visitantes indesejados, completamente cheio de fumo, só com os olhos e os dentes a contrastarem e ao ver a imensa plateia de bombeiros e de vizinhos, a erguer os braços e com aquele rosto esfumado a gritar: “Yes we can”.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Preciosidade bairradina

Numa incursão pelas novas tecnologias encontrei algo muito à frente, genuíno e tão puro como o nosso leitão (apesar de ser filho da porca). Mas agora muito a sério. A cultura na Bairrada vai muito para além da vinha e da batata e icones da mais alta linhagem erudita do país proliferam neste território vinhateiro.

A febre dos internacionalmente famosos Perus, Pavões, Melros e outros afamados "Jazz's" com nome de aves ficou de tal maneira enraizada na Bairrada que estrelas da música portuguesa não faltam... E são cá de uma longevidade.

A prova é que o nosso conterrâneo Amadeu Mota, agora com 61 anos, está para as curvas, com um palmarés invejável (ehehehehe). Ele sim é o rei da pop bairradina. Que o digam os industriais do tremoço de Amoreira da Gândara, os empresários dos suspiros de Fermentelos, os profissionais das farturas Lisboa ou os revendedores dos gelados Águia, entre outros, que são testemunho vivo do sucesso deste grande bairradino pelas horas que passaram juntos em tudo o que era arraial neste país.

Quero prestar aqui a homenagem a Amadeu Mota, que tantos bailes e festas populares abrilhantou - e pelos vistos tem vontade de abrihantar. Grande músico e homem sempre à frente, um "avant-garde" e às vezes a raiar um pouquito o perverso com musiquitas a sugerir poucas vergonhas, no carro e a três, por exemplo.

Grande Amadeu és o orgulho de Bustos e do país. Um dia destes diz-me o que é um vidro embaçado, pois ao ver este vídeo embaçado fiquei eu por também ser bairradino.

Vamos a isto maestro... cliquem no play e se conseguirem ouçam esta pérola, este hino ao amor automobilístico.


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