quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Atenção… hic... vem aí um aumento… hic… de 20 %

As previsões assim o apontam e mesmo as mais pessimistas dão conta que o vinho Bairrada desta colheita vai ser realmente muito bom e pode mesmo chegar a um aumento de 20 por cento na produção.

Se há boas uvas e boas castas, à partida, podemos ficar descansados quanto ao resultado do néctar, mesmo que muitas sejam sujeitas a uns pós de perlimpimpim ou sempre aquela ligação milagrosa com H2O, exactamente a fórmula usada há 2010 anos atrás na tão famosa transformação de vinho em água, relatada nos compêndios da história cristã. Só que Cristo não imaginava que, tantos anos volvidos, viesse a ter tantos seguidores de tal acto milagroso.

Bem, mas deixemos os maus exemplos e vamos regozijar-nos com o facto de ter muito e tão bom na perspectiva da colheita de 2010, que como diz quem sabe, ainda beneficia do facto do fim das décadas dar um cunho especial de qualidade à colheita.

Em suma, muito e bom, o que antecipa alguns cenários de pura bebedeira… mas com qualidade.

Sem querer incentivar o consumo de álcool, o Bairradices deixa aqui algumas das razões que ao longo de várias dezenas de anos levaram grandes pensadores a dissertar sobre questões meramente etílicas.

Aqui ficam:

“Nunca confie num homem que não bebe” (Provérbio Chinês)

“O álcool não faz as pessoas fazerem as coisas melhores. Ele faz com que elas fiquem menos envergonhadas por fazê-las mal”. (William Osler)

"Eu aproveitei mais o álcool, do que ele se aproveitou de mim" (Winston Churchill)

"O Vinho é uma prova constante de que Deus nos ama e deseja ver-nos felizes" (Benjamim Franklin)

"O Vinho é a mais sã e higiénica das bebidas" (Pasteur)

"Deus criou a água, mas o Homem fez o Vinho" (Victor Hugo)

"A penicilina cura os homens, mas é o Vinho que os torna felizes" (A. Flemming, Nobel da Medicina)

"Os que bebem Vinho vivem mais do que os médicos que o proíbem" (Mussolini)

"Um Vinho Bom, é sempre bom em qualquer parte do Mundo" (Ana Luísa Calém)

"Não se pode fazer Vinho ao acaso - a qualidade é o que o consumidor gosta e paga" (Luís Pato)

"O Vinho é indispensável artigo de permuta para a moeda de ouro que nos falta" (Emydio Navarro, Jornalista e Político)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Assim se fala em bom "Bairradês"

Recebi há dias esta pérola do léxico nacional e reparei que por vezes à nossa volta há sempre alguém a utilizar um destes belíssimos termos. A coisa não é grave pois se fosse no Porto levava sempre uma asneirola no fim, tipo pontuação. Embora com o êxodo rural e outras formas migratórias internas esta forma fascinante de falar com palavrão no fim acabou por chegar a todo o lado, mesmo ao mirandês, mas aqui, mesmo que se digam ninguém “pesca” nada.

Mas vamos a alguns exemplos que são usados, também, no quotidiano bairradino.

Alevantar - Este é de caras. É o acto de levantar mas com determinação e superioridade. Ex: “Estavam a brincar comigo mas eu alevantei-me e pus-me a andar”.

Amandar - Atirar ou arrimar com muita força. Ex: “É pá, passei-me e amandei o capacete para longe”.

Assentar - É da mesma família das anteriores. É o acto de pousar o respectivo traseiro. Ex: Vai-te lá assentar e não me chateies”.

Aspergic - Publicidade à parte, este é um dos medicamentos mais conhecidos do nosso meio, mas dito assim parece uma mistura explosiva de laboratório.

Binho - Líquido resultante, a maior parte das vezes, da fermentação de uvas. Crê-se que a utilização do B se associa ao facto de para muitos ser mesmo muito Bommmm.

Capom - Porta de acesso aos motores dos carros (excepto nos carochas) que quando bate faz um ruído parecido com POM e fica linda quando lavada com “Champom” automóvel.

Destrocar - Milagre da multiplicação, repetida, associado ao dinheiro. Damos uma nota para “destrocar” e ficamos cheios de “miúdos”, vulgo trocos.

Disvorciada - Sinónimo de descasada. Mulher que já foi casada e já não o é, diz-se.

É assim... - Termo utilizado para ganhar tempo, não quer dizer m… nenhuma, mas é vulgar ver historiadores, políticos e jornalistas, entre outros intelectuais a optarem por este quebra brancas, que para quem desconhece até parece que precede um clamoroso discurso.

Entropeçar - Tropeçar entre duas coisas. Ex: “tentei passar entre o banco e o balde e acabei por entropeçar”.

Êros - Diz-se na Bairrada para designar a moeda adoptada pelos estados membros da Comunidade Europeia (plural).

Há-des - Das minhas favoritas. “Há-des cá vir um dia com essa que te mordo a língua”.

Inclusiver - Esta também é boa e muito mais engraçada quando usada na variante "inclusivel".

Númaro - Sem grandes explicações. Se eu soubesse os númaros dos Euromilhões não andava para aqui a blogar. Também se usa “númbaros”.

Parteleira - Local onde as parteiras guardam os livros e utensílios do parto.

Prontus - Fim de frase. Maneira de acabar a conversa. A vida é assim e “Prontus”.

Stander - Local onde compramos automóveis. Adoptado também para as barraquinhas de feiras. Quem sabe não deriva do “estender” qualquer coisa numa feira. Aí até se torna credível.

Para melhor perceber este léxico tão especial, caros amigos, só vos posso dizer que hoje alevantei-me cedo e logo pensei em amandar este post no Bairradices, mas a dor de cabeça era tão forte que tomei um aspergic e misturei-lhe binho ao almoço. O carro avariou-me e levantei o capom e vi que não havia óleo no motor, fui às compras, destroquei uma nota na oficina da Isilda disvorciada, entropecei no tapete e larguei todos os êros que tinha no bolso.

Com tanto azar, virei-me para o carro e suspirei: Há-des Cá vir pedir gasolina que depois a gente conversa. Não levas mais nada, inclusiver pneus novos. Vou procurar o númaro do stander e vais voltar para lá, para te porem numa parteleira.

E prontus “assim se fala em bom bairradês”...

sábado, 18 de setembro de 2010

O Pato do Luso e o Papagaio da Colômbia

Esta semana fomos surpreendidos por uma notícia curiosa acerca de um Papagaio que foi detido na Colômbia por, alegadamente, colaborar com um cartel de droga, avisando os criminosos aquando da presença da polícia.

Lorenzo (é o nome do bicho) funcionava como detector da "bófia", emanando gritos de alerta para a malta da coca. O resultado é que o louro foi detido e vai ver o sol atrás das grades (nada de novo para ele, na gaiola é a mesmíssima coisa).

Mas não foi só a Colômbia que esteve nas bocas do Mundo por causa de aves, Portugal também (e não vou falar do Roberto) pois recentemente parece que um elemento da Junta de Freguesia de Luso (Mealhada) foi à Câmara queixar-se do desaparecimento de um pato falante que habitava a zona do lago do Luso. Diz o autarca que passava horas a fio a falar com ele, empoleirado na vedação do respectivo lago. E diz mais, afirma mesmo que dá 5.000 euros para quem devolver o pato. Isto, segundo o jornal Região Bairradina, aconteceu no decorrer de uma reunião de Câmara onde se chegou a fazer apostas, nos bastidores, para saber quem era o "lobo" vestido com penas de pato. Entre os vaticínios, um deles, tido como mais plausível, parece que dava conta que o tal pato, aqui há uns tempos, pôs-se a Milha(s) depois de ter dado Calígula nos dentes.

Para já estão arredadas outras teses, até porque um dos patos mais (e bem) falantes da Bairrada - o Luís - deve andar ocupadíssimo com as vindimas e não parece ter grande tempo para ouvir o amigo Jorge Carvalho, que naquela famosa reunião de Câmara deixou uma pista e diz que o raio do pato anda para os lados da Pampilhosa. Quac, quac, quac. Agarrem esse pato, ele vale 5 mil euros.

Cá para mim, se o palpite não me atraiçoa cheira-me ao número "tlinta e sete" do menu, ou seja, Pato com Laranja.

O Bairradices ainda não conseguiu filmar o pato, mas deixa aqui a detenção do Lorenzo, vejam:

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Patrão Lito isso não é bonito

Encontrei esta pérola bairradina no Repórter Clix. Alguém está realmente aborrecido com o "Lito". Será um ex-funcionário?

Bem, aqui fica o registo anónimo do desagrado pela postura empresarial do amigo Lito. O Repórter Clix diz que a democracia tem destas coisas. E diz que o referido protesto foi encontrado nas paragens de autocarro.

O Bairradices regista aqui a forma como o reivindicador trata o visado, com trato fino, sem recorrer ao enxovalho. Um "senhor" protesto.

Se a moda pega, não há paragens de autocarro que aguentem... será que este tipo de situações está também previsto na proposta de revisão constitucional do PSD?

Para todos efeitos - e como o Bairradices é um blogue democrático - o amigo Lino (e outros) têm aqui todo o espaço do mundo para reagir ao papel de parede de paragem de autocarro. Amigo Lino use o espaço que quiser para o contraditório e diga lá quem manda afinal.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Raio do aviso que afasta toda a gente

Como muitos sabem ( e se não sabemos devíamos saber) em 1810 ocorreu a Batalha do Bussaco, onde os portugueses e seus aliados ingleses lutaram contra as tropas de Napoleão Bonaparte. As más línguas da altura dizem até que não foi preciso muito esforço, bastou espalhar cartazes destes pela mata.

Napoleão não gostou do que viu e, sendo do espírito daqueles que mais tarde inventaram a máxima "É Proibido Proibir", partiu de imediato com as tropas, que ainda sobravam, à procura de "zone de repos" e "les forêts" mais liberais, mais permissivas, que isto de batalhas sem animação é coisa desenxabida.

Agora, 200 anos depois, ficamos com a interrogação: Será que foi um destes cartazes , esquecido na frondosa mata até aos dias de hoje, que influenciou a votação nas 7 Maravilhas Naturais de Portugal? É que a malta não gosta muito e não está habituada a proibições deste tipo e quem sabe penalizou o Buçaco na votação.

A Floresta Laurissilva ganhou, pois ganhou, mas na Madeira vale tudo, ou melhor permite-se por ali muita coisa que não lembra aos continentais... e juro que não estou a falar do Alberto João nem no paraíso fiscal ou zona franca ou o que quiserem chamar.

sábado, 11 de setembro de 2010

Twilight de Peter Murphy na festa do Morcego de Águeda

Andei farto de pensar no assunto e sabia que tinha que haver uma relação forte entre Peter Murphy e a Festa do Leitão de Águeda.

Pensei, pensei, pensei... e fez-se luz, apesar do crepúsculo. Como Peter Murphy, o ex-vocalista dos Bauhaus que foi cabeça de cartaz na festa bácora de Águeda, faz de vampiro em Eclipse , terceiro filme da saga Twilight, vi logo que a intenção principal da organização foi a de homenagear o precursor do Leitão de Águeda, o António Morcego, que segundo rezam algumas histórias era o braço direito do Ti Marcelino que, vindo do Brasil, no princípio do séc. XX, dedicou-se a assar leitão e vendê-lo porta-a-porta e em feiras. Morcego foi aprendiz da arte e, com suor e lágrimas de sangue, expandiu o negócio no concelho de Águeda.

As "vampirices" do Peter Murphy e o leitão que Morcego trouxe, no passado, a Águeda, estiveram de mãos dadas na festa do leitão de 2010, embora - confesso - quase que derretia os neurónios para conseguir perceber o que raio tem a ver o gótico com o leitão. Quanto ao "vampiranço", sinceramente só se for pelo lado da cabidela de leitão... e para mim é para já, sem demoras, antes que venha o Twilihgt, ou seja o crepúsculo ou o "tarde para caraças", como se diz por cá no burgo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Bruno Aleixo e Renato vão filmar no Luso

Tirando coisas como "trabalhari","sai da frenti", o "bir embora" e "implicari", quase que acreditaríamos que esta "super-produção" tinha carimbo de Hollywood. Mas não deixa de ser engraçado ver o Renato com aquele ar de broeiro e o vivido Aleixo, mais astuto que uma velha raposa.

Afinal o circuito Luso-Buçaco tem mais para dar. Água, Floresta, Desporto, lazer, Religião, Cheiro a Baganha, Spa´s e Cinema... ahhh e Caramujos.
Vejam, "bota no play"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os 25 anos do Multibanco

E porque hoje faz 25 anos que neste país usamos aquelas caixas e terminais mágicos que transformaram o velho porta-moedas num cartão de plástico rígido, aqui fica a homenagem do Bairradices a essa preciosidade tecnológica, que é:

segu
ra


Acessível e be
m localizada



Uma tentação para alguns



Às vezes indisponível



Um autêntico santuário financeiro



Para crentes e menos crentes
Mas acessível a todos




Fotos não identificadas por terem chegado via e-mail sem menção ao autor.
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