Poesia apimentada feita por crianças

A iniciativa é da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, que por mais um ano fez sair à rua o evento "Ao Sabor da Poesia", que entre outras actividades, levou as criações poéticas das crianças das escolas aos sacos de pão das padarias e pastelarias do concelho.

Como podemos ver pela imagem, fazer poesia sem os verdadeiros ícones da Bairrada é tarefa impossível para a veias poéticas dos pequenos autores. A Eduarda, do 1º ano da Escola Básica da Quinta Nova, por exemplo, conseguiu uma ligação perfeita entre a poesia e a pimenta do Leitão da Bairrada, conseguindo ainda juntar-lhe uns pozinhos de criatividade em universos como o circo, a Feira de Março e uns odores fortes dos pés... Chulé, pois então.

Mas como já dizia Benedetto Croce, "A mais humilde canção popular, quando imbuída de humanidade, é poesia". E é verdade. O Bairradices que não é insensível a estas coisas aproveita e deixa aqui os parabéns pela iniciativa e pelo esforço de todos aqueles que a tornaram possível.

De uma noite de bebedeira nasceu o famoso grupo Pichel

Há efeitos secundários bem piores naquilo que à ingestão etílica (vulgo bebedeira) diz respeito. Lá para os lados de Vila Nova de Monsarros (Anadia) o resultado de uma noite bem bebida, com muita cerveja e um grande pote, descambou num grupo de amigos, que 25 anos depois ainda resiste, leva a cabo várias actividades e até apoia o Centro Social da freguesia. É caso para dizer: Que grande e nobre ressaca!!!

A história, contada aqui dá nota que o Grupo Pichel (vaso, bilha ou picheira para vinho - percebe-se porque escolheram aquele nome, dada as abichanadas alternativas) nasceu há 25 anos quando um grupo de amigos, numa das festas da freguesia, foi até à quermesse e a um deles saiu um grande pote de barro. Ideias não faltaram para o pote e vai daí toca a enchê-lo de cerveja, até ao ponto de conseguirem, alguns deles lá para o fim da noite, comunicar com o mesmo, tratando-o de forma íntima por Pichel, fazendo lembrar a rábula de Vasco Santana a pedir lume a um candeeiro, no Pátio das Cantigas.

A partir dali, aquele grupo começou a promover iniciativas, que se foram diversificando (usando o Pichel para vinho e não apenas para cerveja), organizaram excursões, passeios de bicicleta e até instituíram um encontro anual no dia 1 de Maio, nas Termas de Vale da Mó.

Já com o Pichel original desfeito, o grupo faz um brinde alusivo ao grupo para angariar fundos. Este ano é uma caneca em inox com uma fita porta chaves a dizer Pichel 2012.

Diz a história do grupo que no início o dinheiro que sobrava dos eventos era para fazer face a despesas da então já colectividade, mas ultimamente o que se consegue é para o Centro Social de Vila Nova de Monsarros.

Os "directores" picheleiros dizem que o pote de barro original já se partiu e já vários potes se seguiram mas "o verdadeiro espírito do Pichel continua vivo, o grupo continua a crescer, está activo e recomenda-se".

Será que a "troika" mexeu na descida do Rio Águeda?

Embora não tendo certeza, parece mesmo mais uma imposição do memorando da "troika" que terá mexido na tradicional descida do Rio Águeda.

Perante as dificuldades económico-financeiras do povo, o melhor é incentivar o movimento associativo a encontrar mais dias úteis (alternativos) para levar a cabo as suas iniciativas. Já com alguns feriados e dias santos cortados, restavam apenas os dias 30 e 31 de Fevereiro, aproveitando o facto deste ano ser quadrisexto.

Se realmente a iniciativa foi marcada para aqueles dois dias, não me admira nada que tudo tenha ido por água abaixo ("material obrigatório" incluído).

Contributo pasteleiro para "matar" a crise

Para o caso dos pasteleiros bairradinos (e outros) não conseguirem exportar pastéis de nata para o estrangeiro e se não olharem para a emigração como uma saída para a crise, o Bairradices deixa aqui um contributo para o desenvolvimento da economia pasteleira local.

Já dizia aquele senhor com ar de lunático e assim para o despenteado, Albert Einstein, que "Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento".

Apresentamos aqui... Não o bolo de chocolate, não o Bolo Rei, nem tão pouco o folar da Páscoa, mas sim o Bolo Leitão, que com certeza vai dar mais coerência às refeições na Bairrada.

Uma pegada na Mealhada

O blog Pegada (aqui) prestou homenagem ao rigor das finanças da Câmara da Mealhada, juntando-se à população aplaudindo o facto desta autarquia ter fechado mais um ano sem dever nada a ninguém.

Com esta pegada e com um programa de televisão (aqui) a dar conta do bom estado de saúde das contas da Câmara, está em alta o presidente Carlos Cabral, que até dos vereadores da oposição (?) recebe elogios, curiosamente até daqueles que criticavam, há bem pouco tempo, a postura do presidente de não ser mais afoito e não arriscar mais em investimentos no concelho. Se o caminho fosse esse que defendeu aquela alma iluminada do pêpêdê local, como é que agora se pavoniavam os que nada contribuíram para a solidez financeira da autarquia?

Um Dia do Pai bairradino

Com as tendências Primavera-Verão a brotarem no capítulo da moda e com a Bairrada sempre a inspirar o maiores criadores, estilistas, costureiros e alfaiates, deixo aqui uma sugestão para um pai bairradino neste dia 19 de Março,dia consagrado a todos os pais.

Mercedes caiu ao Rio Tâmega, na zona da Mealhada

A edição electrónica da Revista Sábado anda literalmente "desnorteada" e a culpa é do Correio da Manhã. Um acidente com um Mercedes no Rio Tâmega (aqui) é o motivo para a paródia jornalística, que dá conta que os populares de Pisão (também há uma localidade com este nome na Mealhada) explicaram o sucedido no acidente mas não explicaram à jornalista que em Pisão (Mealhada) o único rio que existe é causado pelas águas correntes das lavagens das pipas do "Zé da loja" ou pelas humidades naturais do lugar vizinho de Azenha da Rata.

Dia da Mulher foi uma farra e aproximou família

Ainda não refeito da ousadia de um restaurante bairradino ao anunciar um "take away" para levar para fora (aqui) fui confrontado agora com a valente audácia de um outro restaurante do nosso território, que prometia festa da rija para toda a família para celebrar o Dia da Mulher.

O arrojo está no facto do restaurante ter "entrado a matar" na tradição de juntar mulheres a uma mesa, uma vez por ano, numa autêntica e estridente babel feminina, tipo clube reservado onde até os funcionários passam a funcionárias, deixando o exclusivo macho para o bombeiro ou policia, a fingir, que aparece ao fim da noite.

Sim. O restaurante quis mudar a regras sim. A prova está neste anúncio na imprensa local, que dá conta que a festa das senhoras, dividida por dois dias (8 e 9) , tinha buffet, música ao vivo e o famoso do striptease masculino. Até aqui tudo bem, mas nas letrinhas pequenas em rodapé, o afoito restaurante lembrou-se de uma promoção e aí vai: «Crianças até aos 5 anos 2 euros e crianças dos 5 aos 10 anos 50% de desconto».

Não sei como correu a coisa... Mas não seria mais fácil oferecer uma caipirinha às participantes em vez de incentivá-las a levar os descendentes para ver "misérias"?

Azáfama das obras públicas no Verão

Se a seca persistir por muito tempo vai ser o cabo dos trabalhos, principalmente no Verão, pois sem qualquer tipo de seca excessiva as obras públicas na Mealhada andavam a este ritmo num Verão dos últimos anos.

Reparem só na azáfama destes agentes do trabalho, todos de volta de uma rotunda da EN 1.

Já agora - e para quem não saiba - TRABALHO é a primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trabalhar. É um acto ou efeito de trabalhar, é um exercício da actividade humana, manual ou intelectual, produtiva e é o esforço necessário para que uma tarefa seja realizada.

Conseguem ver algo na foto para além da "actividade intelectual"? Era preciso serem tantos?

Nota: É que nem o cartaz da CDU respeitaram.

Reforma da Administração Local começou por Cantanhede?

Uma dupla de homens encapuzados, valentes, corajosos e afoitos (quanto baste) decidiu fazer, à sua maneira, uma reforma da administração local no concelho de Cantanhede, mas uma reforma radical, daquelas que não passa pela extinção de freguesias, mas sim pela tentativa de extinção de presidentes de Junta, ou seja mulheres presidentes, que aos seus olhos parecem alvos mais fáceis.

A história real (agora mais a sério) dá conta que a presidente de Junta de Portunhos terá levado uma real tareia de dois bravos e corajosos capangas, ou não, na passada terça-feira, quando a autarca estava a deixar o edifício da Junta.

Os desenvolvimentos desta rábula autárquica (que podem ser lidos aqui) referem que há um mês e meio que a "presidenta" Marta Carvalho recebia mensagens ameaçadoras no telemóvel, mas nunca ligou patavina aos avisos, até que terça-feira acabou o período de discussão pública do assunto e passou-se a actos com os suspeitos a colocarem em prática um APMPRA, ou seja, Atirar a Presidenta Marta Pela Ravina Abaixo, depois de a amordaçar, de lhe destruir o telemóvel e de a atingirem com uma pedra na cabeça.

Só espero - e porque se fala tanto na reforma da Administração Local - que não façam às freguesias o que fizeram a esta autarca. Não seria nada bom amarrar o poder local e empurrá-lo por uma ravina, depois de lhe dar forte e feio na cabeça.

Foto: Correio da Manhã

Anadiense apanhado em actividade piscatória pedófila

Um pescador de Anadia, de 45 anos, está entre os identificados pelas autoridades, esta quinta-feira, por pesca ilegal, supostamente por estar implicado em capturar pescada sem medida (imatura) e por venda de pescado sem ter passado pela lota.

A notícia é do Correio da Manhã (e pode ser lida aqui) e dá conta que foi o Destacamento de Controlo Costeiro da Figueira da Foz da GNR que foi responsável pela apreensão, nos portos de Aveiro e Nazaré, de 985 quilos de pescada imatura, que não possuía tamanho mínimo para ser comercializada.

Na mesma notícia pode ler-se que nesta operação de combate à pesca ilegal no porto de pesca de Aveiro foram apreendidos 737 quilos de pescada, "por não possuir o tamanho mínimo (27 centímetros) para ser introduzida no consumo", refere uma nota da GNR.

Na mesma operação, em que foi identificado um homem de 45 anos, residente em Anadia, foram ainda apreendidos cerca de 37 quilos de sável, por não terem sido sujeitos ao regime de primeira venda em lota, informa a GNR.

Bem, contas feitas ao crime, o certo é que uma das acusações deverá cair pois a malta do pescado fez uma boa acção ao ter evitado mesmo que o peixe imaturo frequentasse aquele local de venda (lota) para peixe adulto. Agora a questão de pescar pescada sem respeitar as medidas da pesca e do pescado… é capaz de dar uma peixeirada da grossa.