terça-feira, 3 de maio de 2011

Empreiteiros esperam 3 a 6 meses pelo carcanhol das Câmaras bairradinas

Li aqui há dias na imprensa que a Câmara da Mealhada é daquelas que demoram menos a pagar aos empreiteiros, ou seja, leva menos de três meses a liquidar as suas dívidas às empresas de construção, de acordo com o Relatório do Outono de 2010 da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP).

No ranking das Câmaras bairradinas vem logo a seguir a de Águeda, que em média leva mais de três meses para pagar. Depois, o relatório indica que 35% das autarquias nacionais liquida as dívidas num prazo superior a 6 meses, como são os casos de Anadia e Cantanhede. Mas o mais curioso é que por mais voltas que se dê ao tal estudo não aparece nenhuma referência ao município de Oliveira do Bairro, deixando-nos a pensar que será por demorar mais de dois anos a pagar aos empreiteiros ou, quem sabe, pelo facto de não fazer obra... pois se não há despesa não pode haver pagamento.

Só a título indicativo, pode ver-se neste estudo que há para aí cada calote autárquico que até mete dó, pois se há casos como a Câmara da Mealhada, que está bem abaixo da média nacional, outras demoram mais de um ano a pagar, como a Figueira da Foz ou Santa Maria da Feira, fazendo com que a média nacional dispare para os sete meses.

Este estudo é, no entanto, impreciso, na medida em que não aponta municípios, ou melhor, mandatos em alguns municípios que demoram mais de quatro anos a pagar dívidas. É o velho ditado do "quem vier a seguir feche a porta e apague a luz".

Os empreiteiros afinal não estão muito mal servidos com a malta autárquica da Bairrada.

1 comentário:

Anónimo disse...

...pois! Mas o que faz subir o timing da CM Águeda é que o Presidente anda em litígio judicial para pagamento de alguns calos o que faz subir a média porque senão era o primeiro de todos a pagar. Com os premios de boa gestão que tem recebido ( até consta que a Câmara já não tem paredes livres para os pendurar, tantos eles são)estou crente que até não haveria obra que antes de começar já não estivesse paga.
Todavia, ponderando bem... coitadinhos dos empreiteiros que andaram tantos anos a receber a 2/3 e 4 anos depois da obra feita mas... aquilo é que eram obras! Todas debroadas a ouro! Ou custavam sempre o dobro ou o triplo do normal ou então onde deveriam meter dez centímetros de alcatrão, ao fim de dois ou três meses, já havia pedra à vista. Claro que assim até se davam ao luxo de pedir dinheiro ao banco para reforçar a tesouraria por esses anos todos e nem se chateavam nada... porque quem pagava era o Zé. A "troika" não está aí por dá cá aquela palha...pois não?!

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