Por um dia tive a noção que os agentes políticos (e não só) dos concelhos da Bairrada tinham chegado a acordo quanto à paternidade do Leitão.
Por um único dia percebi que nada assombrava, na Mealhada, a organização do Carnaval mais brasileiro de Portugal e que até já estava em preparação a próxima edição, que o raio do rei deixava de ser brasileiro e que o presidente conseguia, fluentemente, explicar as coisas do entrudo.
Em 24 horas acreditei que a malta estava conformada com o deslize do Renato, em Cantanhede, acabando com os jogos de basquetebol e torneios da malha para angariar fundos não sei bem para quê.
Por um dia acreditei mesmo que em Anadia o Lino Pintado tinha deixado a política para os políticos, como disse o vizinho Anadia Sem Gente.
Por um único dia cheguei a ver que a construção da Alameda da Cidade de Oliveira do Bairro estava a evoluir bem e permitia pensar já numa inauguração.
Por umas míseras 24 horas, e dos lados de Águeda, quase vi um concerto do Hélder Tanais com a Ti Maria da Peida a ter lotação esgotada no Parque de Feiras e Exposições, assim como o filme do Pedro Quinjolas a ser nomeado para os Óscares pela melhor banda sonora, pelo roncar metálico da sua Famel.
Tudo aquilo, imaginem, num só dia... só que em tanto dia num ano, tinha que ser logo a 1 de Abril, o dia consignado aos pinóquios deste Mundo, Bairrada incluída.
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