sexta-feira, 25 de março de 2011

O prostíbulo que virou Casa de Hóspedes

Bordel, Lupanar, Casa das Marias, Casas de Passe, Casa de Prostituição, ou Casa de... pois. Tantos outros nomes, mais ou menos esquisitos, servem para rotular locais de puro mercantilismo corporal onde toda a gente sabe o que se comercializa.

A história da profissão mais velha do mundo, naquilo que a estas casas diz respeito, dá conta da sinalética para informar potenciais clientes da existência deste serviço, daí haver necessidade de passar essa imagem através de uma luz vermelha (aqui aparecem-nos as lendárias casas da luz vermelha, no Brasil) que avisavam a navegação da existência ali de meretrizes, recorrendo a lâmpadas daquelas não economizadoras embrulhadas naquele plástico que envolve as bolas de queijo flamengo.

Mas tudo aquilo faz parte da história. Hoje mudam-se os tempos e mudam-se as vontades, pois numa era de marketing agressivo, muitas vezes enganoso e outras vezes a fingir, encontramos de tudo, até reclamos luminosos, como em Sangalhos (Anadia) onde uma casa de... pois foi transformada, de noite para o dia, numa casa de hóspedes.

Nem tudo estará errado nesta nova definição do Xódó. Lá casa de hóspedes é, com direito a hospedeira para breves hospedagens. O rótulo de hóspedes neste caso não está nada mal empregue se analisarmos a situação à luz da ciência onde "parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo".

Afinal é tudo uma questão de P's. Parasitas, proxenetas e.... pois. Mas, sobretudo, parvos.

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