Todos os anos é a mesma coisa. O sol aquece e a malta quer é tirar a roupa, ou pelo menos reduzir umas peças. E é neste instintivo acto que damos por nós a pensar em como será bom levar com tudo o que é raio violeta, ultra violeta, azul ou amarelo em toda a extensão da nossa epiderme, em especial naquelas desgraçadas superfícies que nunca olham a cor do sol (e não falo apenas na planta do pé).
Mas tudo isto vem a propósito da criação de uma praia especial no concelho de Cantanhede para expor, não só as plantas dos pés, mas vasos e tudo o resto, no Palheirão, junto à Tocha . Já lá vão quase sete anos que o assunto "subiu" à Assembleia Municipal de Cantanhede, mas caiu de imediato, levando com o chumbo dos "bem vestidos" deputados daquele órgão.
Rezam os anais (descobertos) da história que a recusa foi mesmo expressiva, ao conseguir 30 votos contra, quatro a favor e quatro abstenções. As razões para o chumbo são justificadas pelo facto de existir, nas imediações daquela praia, um acampamento-escola de escuteiros. Foi melhor, então, votar contra a proposta e evitar um excessivo e generalizado "Sempre Alerta".
O certo é que votações à parte, o nudismo continua por lá e até o Clube Naturista do Centro indica aquela estância balnear como "Praia de Nudismo Tolerado". E diz mais: "Possui excelentes condições para uma frequência elevada de naturistas. A praia é muito grande e agradável. O nudismo, de ambiente geralmente familiar, verifica-se, tanto a sul, como a norte, do parque de estacionamento, onde na época de verão existe um pequeno bar móvel (...) No último dia de Setembro de 2003 a FPN viu, infelizmente, indeferida pela Assembleia Municipal de Cantanhede a legalização de um espaço destinado oficialmente ao naturismo nesta praia. No entanto, a título não oficial, a prática naturista continua ali a verificar-se".
E mais nada...
E mais nada...
2 comentários:
Os senhores da AM tiveram medo que as arrojadas velhotas gandarezas fossem para lá pôr as pendurezas ao relento.
Isto é um país de engomados, é o que é.
Bem!? De facto à primeira vista para quem procurava uma praia naturalmente naturista fica desolado....mas as perguntas certas às pessoas certas levaram-me a descobrir o que pretendia....a LIBERDADE. Pretendia um local sossegado desprovido de qualquer pudor...e encontrei. Então foi só arranjar um sítio mais ou menos limpo, estender a toalha e naturalmente 'botar' todo de fora, para o bronze!!!...claro que não me esqueci do protector?!...mas considero que esfregar determinadas partes com o mesmo tornou-se inicialmente constrangedor...mas não apanhei escaldão nas partes menos expostas. E foi assim, algo deserta com não mais que 8 pessoas distadas de 200 metros o sossego é real nas zonas para este fim. Mas ainda me parece que existe ainda muito pudor do 'pobão'...a vida são dois dias e um é de certeza para livrar-se de preconceitos na praia do palheirão...
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