Fiquei surpreendido neste arranque da semana com uma notícia do Jornal de Negócios relativa a uma das caves de Anadia, mais concretamente as Caves Solar S. Domingos que, à semelhança de milhares de portugueses, não perspectivam grande Natal para este ano.
Mas o mais curioso é que a administração daquela empresa de Anadia diz que tais previsões negativas estão ligadas com o sector da construção (???) . A empresa facturou quatro milhões de euros em 2010 e este ano diz não conseguir chegar àquele objectivo e a causa é que - e vamos citar declarações dos responsáveis da empresa ao Jornal de Negócios - "A nossa clientela, muitas vezes, passava pela construção, que está parada. As construtoras compravam garrafas para oferendas, e eram bons clientes. A quebra no sector reflecte-se nas nossas vendas". E pronto estás desmistificada essa ligação estranha entre a construção e o vinho e espumante da região.
É curioso, mas realmente nas minhas memórias de criança ainda consegui perceber esta ligação betão e álcool, pois aqui pela bairrada quando se construía uma vivenda, na fase da "telha ao ar" (telhado completo) havia comezaina da grossa e despejavam-se, literalmente, garrafões de cinco litros. É a tradição, respeite-se. Agora confesso que nunca tinha visto a construção como um cluster importante para a dinamização da fileira vitivinícola.
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