
Em 1936, nascia em Águeda, sob o signo da ditadura, um futuro candidato-poeta. Se Portugal fosse nesses tempos um "País de normalidade", o poeta seria hoje... "marinheiro, ou outra coisa qualquer". Manuel Alegre é um amante da caça, da poesia e do futebol, mas nas suas veias corre um sangue misturado de aristocracia monárquica e republicanismo da Carbonária que faz da política uma paixão sem limites".
Socialista? Benfiquista? Aguedense?
Não há por aí virtudes também? :)
O facto de querer ser marinheiro não é estranho porque Alegre, desde tenra idade, sempre que vinha à varanda, em casa, na "Rua de Baixo" via um mar de água das famosas cheias aguedenses. Se fosse um país de normalidade era ver o poeta na proa de uma bateira ou de "Um Barco para Ítaca" na qualidade de Capitão de Mar e Guerra ou de "Príncipe do Rio" na incansável missão de (evitar) meter água na embarcação, mesmo "Contra a Corrente"e contra "A Senhora das Tempestades", ansioso para "Chegar Aqui", no "Atlântico" com "Alma" para assumir "A Terceira Rosa" ou, melhor dito, assumir a terceira via do partido da dita, na sua "Arte de Marear" e armado em "Cão Como Nós".
Sem comentários:
Enviar um comentário