sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Eles andam aí


Na era das consolas, dos telemóveis e de outras invenções aprimoradas dos tempos que correm não será descabido as pessoas (mais novas) assustarem-se com alguns sinais do passado recente. E tudo isto a propósito de um dia destes ver alguém a galgar um passeio porque se aproximava uma "Famel Zundapp" quase de escape livre, sim uma velhinha Famel produzida em Águeda e que correu o Mundo nas mãos e nos rabos de milhares e milhares de aceleras.

O que no passado recente foi uma utilidade e um ícone da economia Portuguesa, em geral, e aguedense, em particular, hoje é um marco histórico de inegável valor.

E porque me lembrei eu de uma Famel Zundapp? Simples, hoje vi uma - e preparada cá com uma "cagança" (termo usado em sociedades fechadas de apreciadores de duas rodas) - que não resisti a deixar aqui umas linhas.

E lembro que até o Quim Roscas a elege como veículo prioritário para algumas voltas, até porque no Norte sobreviveram muitos espécimes da marca, há concentrações e clubes e há autênticas romarias a bailes em caravana de Famel's. E lá vão eles de "penico" na cabeça, com umas fitinhas coloridas nos punhos, desfraldadas ao vento, e algumas até com uma pala da Citroen atrás, ou daquelas úteis que têm os famosos sinais obrigatório (pela direita) e proibido (pela esquerda).

A Famel é um mito, criou uma legião de fans por todo o país e deixa um contributo histórico grande, numa região que muito fez pelas duas rodas, começando pela Casal e terminando na Sachs, passando pela Macal, EFS e tantas outras empresas do sector, que entretanto se esfumaram.

E porque isto está a ficar muito sério e a comprometer a razão de ser do Bairradices, vamos tentar saber porque a Famel teve a fama que teve. Há quem aponte variadíssimas razões para destacar a superioridade destas máquinas em relação à concorrência. Eu reti uma, a que aponta que "fazer amor numa Famel é algo que não se esquece". Fico sem saber, no entanto, se é em andamento ou não. É que a trepidação podia ajudar.

Enfim, teorias que o tempo veio a apagar, mas será difícil esquecer o "status" que a máquina dava aos seus donos. Esses sim eram os mais bem sucedidos nos bailes, ficavam com as miúdas mais bonitas, talvez na esperança de estas conseguirem dar uma voltinha de cabelos ao vento ou para se certificarem se a teoria era verídica, a da trepidação. Por isso, quem sabe se a origem do ainda usado termo "Vamos dar uma voltinha?" tem a ver com a Famel Zundapp?

Conquistadores eles até eram, mas difícil era beijar as míudas, pois o acelera dava nas vistas logo ao primeiro sorriso à entrada do baile, quando mostrava os mosquitos, melgas e afins que trazia na dentadura ou no bigode.

Na foto, que extraí do http://clubefamel.blogspot.com/ podemos ver o amigo Ricardo Catana a exibir a sua "fera" - Olha só o estaile - enquanto que o cunhado está lá atrás a libertar as impurezas do depósito... Do dele claro. Gandas malucos.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Contratação forte para a enologia da Bairrada

Ao ver aquele famoso vídeo da nossa "irmã queridjinha" Maitê Proença não fiquei tão indignado nem me senti tão enxovalhado como muitos dos portugueses. Mas isso sou eu que vejo oportunidades em tudo, Novas Oportunidades, como diria Sócrates.

Ao ver tão distinta figura da TV brasileira naquele bonito e típico gesto português de cuspir lembrei-me logo que Maitê Proença, dada já a sua madura idade, podia ser reciclada para provas de vinho na Bairrada, se aperfeiçoasse, claro, o lançamento do cuspo "vínico" porque nas provas de vinho não há baldes de grandes dimensões.

Acredito, no entanto, que isso era colocar a bitola elevada demais para as competências daquela senhora (?), mas não seria por isso que a nossa "queridjinha" amiga ficava sem ocupação nesse país que tanto ela adora e ama.

E olhem que essa técnica de cuspir dava-lhe muito jeito depois de "aviar" clientes numa das muitas artérias da Bairrada infestadas por outras "Maitês".

Afinal ela não engole, cospe!!!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Poder podia, mas não era a mesma coisa !!!

Se eu podia ir para a Câmara sem ganhar as eleições?


Só eu é que sei que tive uma carreira recheada de sucessos. Ganhei muita coisa. E apesar de já ter terminado a carreira, ainda não parei de ganhar. Na época passada consegui cumprir os meus objectivos e perdi um vereador. Para esta época tracei objectivos maiores. Vou tentar perder mais um.


Eu sou o César Carvalheira. Se eu podia ir para a Câmara sem ter ganho as eleições? Podia, mas não era a mesma coisa!!! *


*Há campanhas de publicidade que pela sua sofisticada estrutura adaptam-se, perfeitamente, a outros protagonistas. Neste caso concreto, podemos substituir César Carvalheira por Acílio Gala (Oliveira do Bairro) ou Castro Azevedo (Águeda).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Segredo desvendado

Muito se tem falado em torno do Leitão Assado à Bairrada. Guerras, contendas, discórdia é o que não tem faltado em torno de tal iguaria, sobretudo no que diz respeito à paternidade (ou maternidade) do bicho.


Paralelamente às pelejas pela reclamação da capital do pequeno bácoro (numa luta que Águeda e Mealhada, em especial, vão alimentando) aparecem defensores de certificação, de origem certificada, de reconhecido valor disto e daquilo… E até confrarias “fantasma” que ainda não saíram do papel.


Enquanto a Bairrada (toda ela) não se vai entendendo quanto ao Leitão, os americanos lá vão promovendo o “little pork” e contam segredos sobre a sua qualidade. O The Wall Street Journal dedicou-lhe duas páginas (lembram-se).


Agora, o Bairradices, com a ajuda de alguns especialistas da área, encontrou resposta para a verdadeira qualidade do leitão, seja ele de Águeda, Anadia, Cantanhede ou Mealhada.


Recentemente visitámos uma pocilga da região e encontrámos a verdadeira razão pela qual o leitão da Bairrada é inconfundível. Contrariamente ao que se passa em outras zonas do país e do estrangeiro, na Bairrada o porco “não vai literalmente à porca”, como é uso dizer-se. O porco convive com a porca, esta porém não tem dores de cabeça (nem outras que tais) e predispõem-se aos “fetiches” do parceiro. E mais: Os dois entregam-se a um romance “aporcalhado” sem precedentes, tratando por tu o Kamasutra bácoro.


O Bairradices, com a preocupação de não estragar o momento, conseguiu registar as “leviandades nupciais” de um casal de espécimes “avant garde”. E agora digam-me: Com todo este rigor será que há dúvidas quanto à qualidade dos pequenos porquitos que resultem deste acto profissional de amar? Claro que não.


Afinal o que conta para tudo isto? A cidade que dá nome ao leitão, as certificações e confrarias ou, simplesmente, o acto deliberado e mágico como são feitos na pocilga?


Moral da história: Quanto mais “porcalhões”… Melhores são as crias.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O poético circo eleitoral


Estão eleitos os mandatos
Acabou-se o circo eleitoral
Uns não passaram de candidatos
E outros não ficaram nada mal

Na Bairrada não houve surpresas
Na hora de contar os papéis
Houve sim muitas certezas
E muitos dedos sem anéis

Muitas foram as promessas
Disparates então foram mil
Muitos políticos ficaram às avessas
Tudo por causa do voto vil

Em Águeda houve um Gil demolidor
Que dizimou o regressado Azevedo
Nadais foi seu antigo vereador
E agora, presidente, comanda sem medo

Em Oliveira do Bairro a bomba foi Mário João
Destruiu Gala, outro regressado
Que devia ter ficado em casa a gozar a pensão
Do que ter saído dali depenado

Em Anadia a história não foi nova
Com Litério a conseguir muito mais
De voto em voto deu a prova
Que derrota o Pintado, a Céu e outros que tais

Em Cantanhede foi limpinho
Voltou a ganhar o partido da chaminé
João Moura recandidatou o seu grupinho
Deixando a oposição em rodapé

Termino com o concelho da Mealhada
Onde a catástrofe foi mesmo total
Carvalheira levou uma banhada
E o maior foi o Carlos Cabral

Todos cantaram vitória
Em mais uma noite eleitoral
Para uns veio a glória
Outros tomaram um “Melhoral”

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"Cunha" mealhadense nos Gato Fedorento

Gonçalo Breda Marques, ex-deputado do PSD e quase ex-vereador da Câmara da Mealhada, esteve esta semana com os Gato Fedorento na tentativa de que estes pudessem esmiuçar um pouco a campanha autárquica do concelho.

Fontes próximas deste imparável embaixador mealhadense, que se bem se recordam foi o pai da elevação da Mealhada à categoaria de cidade, entre outros desideratos, garantiram ao Bairradices que Breda implorou que levassem à mediática mini-entrevista da SIC para ser esmiuçado o candidato do PSD mealhadense, César Carvalheira, ou o candidato do PS à Freguesia de Ventosa do Bairro, António Simões.

Sabemos também que em resposta Ricardo Araújo Pereira e seus pares foram peremptórios e, de forma implacável, responderam negativamente a Breda Marques, com o argumento de que "Os Gato Fedorento não estão a precisar de novos elementos na equipa", não escondendo, no entanto, algum receio pela possível concorrência futura daqueles dois "comediantes" do concelho.

Não satisfeito, o embaixador mealhadense ainda tentou "impingir" o pampilhosense António Costa, mas a resposta foi parecida. Bem ao seu jeito, Ricardo Pereira sugeriu a Breda Marques a criação de um trio comediante na Bairrada em que, para além dos outros dois elementos, António Costa fosse "o facada".

O Bairradices "gamou" a foto do blogue www.conta-correntebredamarques.blogspot.com/, de Breda Marques e pede desculpa pela intrusão.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

É preciso ter cuidado com aquilo que se diz...

A velha história do "é mais fácil ver um porco andar de bicicleta" ou "qualquer dia ainda vemos um porco andar de bicicleta", assim como outras variantes de um porco com aptidões ciclísticas, já não é nada surreal, senão vejamos:

Primeiro, na Bairrada leitões e porcos não faltam, e, em segundo, agora com um velódromo em Sangalhos novos talentos não faltarão. Juntando o velódromo e os leitões fica sempre a segurança que associada aos grandes eventos desportivos estará sempre uma "leitãozada" antes, durante ou depois das provas, nem que para isso se leve já o petisco de boleia na bicicleta motivando-o a entrar no forno por uma boa causa.

Sem mais me alongar no assunto, peço que olhem para a foto antes de dizer que é mais fácil ver um leitão de bicicleta que o Lino Pintado ganhar as eleições em Anadia, o César Carvalheira na Mealhada, o Castro Azevedo em Águeda ou o Ruivo em Cantanhede... Cuidado, não se vá correr o risco de acontecer mesmo dadas as fortes probabilidades, dos leitões ciclistas, claro.
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